Com as mudanças, o PT, partido da Presidenta Dilma, ficou com 9 Ministérios. O PMDB, principal aliado, ganhou 7. Para o PTB, foram destinados 2 Ministérios. E os outros partidos da base aliada, como PSD,PP, PRB, PCdoB e PDT, ficaram com um Ministério cada um. Em outros 8 Ministérios, titulares não têm filiação partidária, sendo considerados de perfil estritamente técnico.
“Com a ida do Ministro Jaques Wagner para a Chefia da Casa Civil e o Ministro Ricardo Berzoini assumindo a Secretaria de Governo, um órgão que vai reunir diversas Pastas reagrupadas numa única estrutura, o novo Ministério da Presidenta Dilma Rousseff terá uma atuação muito mais voltada para a articulação política. Além disso, estes dois ministros são muito ligados ao ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que acentua a necessidade de o Governo enfatizar este lado político. Por outro lado, a presidente reconheceu a importância de contemplar o PDMB com uma maior participação em seu Governo, e por isso o partido ficou com 7 Ministérios, sendo 2 deles da maior importância: o da Saúde, com Marcelo Castro, e o da Ciência, Tecnologia e Inovação, com Celso Pansera. A presidente sabe que precisa do PMDB para aprovar as suas medidas enviadas ao Congresso e, também, para conter as manobras na Câmara que possam levar à eventual instauração de um processo de impeachment.”
“Ao confiar a Marcelo Castro o Ministério da Saúde e a Celso Pansera o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, dois Ministérios de altíssimos orçamentos, a Presidenta Dilma Rousseff demonstra o quanto o PMDB se tornou importante para a sua sustentação no Congresso Nacional. A definição dos ocupantes destas duas Pastas foi complexa, pois dentro do próprio PMDB havia um grupo de deputados que simplesmente rejeitou cargos no Governo. Até a véspera do anúncio do novo Ministério, ainda havia dúvidas sobre quem do PMDB aceitaria assumir os dois cargos. Mas a solução foi encontrada e o resultado é que o PMDB ficou com 7 Ministérios, perdendo apenas para o PT, que ficou com 9.”