Um hospital dos Médicos Sem Fronteiras (MSF) na cidade afegã de Kunduz foi bombardeado na manhã de sábado (3), levando à morte de pelo menos três pessoas, com dezenas de desaparecidos, disse a agência de ajuda internacional.
Havia cerca de 200 pessoas no edifício do hospital quando foi bombardeado, segundo a MSF.
A equipe médica está trabalhando o tempo todo para fazer todo o possível para a segurança dos pacientes e dos funcionários do hospital.
"Estamos profundamente chocados com o ataque, a morte de nossos funcionários e pacientes", disse Bart Janssens, Diretor de Operações da MSF.
#MSF #Kunduz trauma center aflame after aerial attack this morn. Staff tending to patients, each other, in aftermath pic.twitter.com/o6toDwivym
— Doctors w/o Borders (@MSF_USA) 3 октября 2015
"Nós ainda não temos os números finais de mortes, mas a nossa equipe médica está fornecendo os primeiros socorros e trata os pacientes o pessoal da MSF feridos e estabelece o número de falecidos. Apelamos a todas as partes a respeitar a segurança das instalações de saúde e seu pessoal."
De acordo com a MSF, no momento do ataque aéreo estavam no hospital 105 pacientes e seus parentes e mais de 80 funcionários internacionais e nacionais da MSF.
O hospital da MSF é a única instalação de seu tipo no Nordeste do Afeganistão.
#MSF team in #kunduz providing treatment in makeshift room to people wounded in airstrikes that hit our hospital pic.twitter.com/M7O0uGizTb
— Jonathan Whittall (@offyourrecord) 3 октября 2015
Kunduz, uma cidade de 300 mil pessoas no norte do Afeganistão, foi recapturada pelas forças governamentais afegãs na quinta-feira (30). A cidade havia sido cercada pelos militantes do Talibã em maio.
A situação é instável no Afeganistão desde há uma década e meia, quando, em 2001, a OTAN (junto com os EUA) interferiu na guerra civil. Em 2015, houve vários anúncios de retirada do contingente militar dos EUA e da OTAN. Recentemente a pasta da Defesa estadunidense mostrou vacilação sobre se as tropas americanas permanecem ou abandonam o país.
O movimento militar Talibã lançou uma ofensiva de grande escala no Afeganistão em abril, apesar das tentativas contínuas das autoridades do país de efetuar negociações de paz.