Com as medidas, o governo espera garantir a governabilidade, através de uma nova base de apoio partidário no Congresso, e assim evitar novas derrotas com a aprovação de pautas bombas.
Durante discurso Dilma afirmou que a nova composição do ministério vai dar mais equilíbrio à coalizão que a elegeu. “Por meio dessas ações nós buscamos atender a exigência justa e atual por um Estado mais eficiente, mais focado e mais capacitado para garantir a parcimônia em seus gastos. Queremos também garantir mais equilíbrio à coalizão que me elegeu e que deve governar comigo.”
A Presidenta explicou que rever continuamente a estrutura do Estado é um ato normal de governar, para que a cada momento a equipe esteja mais adequada às demandas da população. Desta forma, Dilma ressaltou a criação da Comissão de Reforma do Estado, que será presidida pelo ministro Nelson Barbosa (Planejamento, Orçamento e Gestão) e integrada por Jaques Wagner (Casa Civil) e Joaquim Levy (Fazenda), além de convidar pessoas fora do Governo para participar. “Estamos criando a Comissão Permanente de Reforma do Estado, que partindo das recomendações da Câmara de Gestão e Competitividade, e se beneficiando das melhores experiências internacionais sobre o tema, irá trabalhar de forma sistemática para manter a estrutura do Estado sempre mais eficiente.”
Dilma Rousseff chamou a atenção durante seu pronunciamento para o fato de todos quererem um Estado mais preparado para realizar o reequilíbrio fiscal, o que é necessário e imprescindível para a retomada do crescimento econômico.
A Presidenta reiterou que a economia do país vive um momento crítico, mas que o Governo está empenhado em reequilibrar as contas públicas, reduzir a inflação e ampliar a confiança dos investidores na economia brasileira. “Estamos numa travessia necessária e desafiadora, que requer um intenso trabalho dos ministros e de todos os integrantes dos ministérios. Um intenso trabalho ministerial para conciliar o reequilíbrio fiscal e a manutenção dos programas e das políticas sociais.”
Para os novos ministros, Dilma Rousseff deu como orientação que trabalhem ainda mais, busquem fazer mais com menos recursos, e que trabalhem juntos em busca do reequilíbrio econômico do Brasil. “A principal orientação que dou aos novos ministros e aos ministros que continuam no Governo é: trabalhem ainda mais, com mais foco, com mais eficiência, buscando fazer mais, com menos recursos. Dialoguem muito e sempre, dialoguem com a sociedade, com os parlamentares, os partidos e os movimentos sociais. Trabalhem juntos, em cooperação, unidos, para o Brasil voltar a crescer logo, sem demora, preservando direitos e programas sociais, e fazendo o nosso reequilíbrio fiscal”
A Presidenta também ressaltou que o Governo vai continuar empenhado em investir nas Forças Armadas do país, no que diz respeito a tecnologia para garantir a segurança das fronteiras e da população. “O cuidado com as nossas fronteiras, a participação em grandes eventos, a garantia da lei e da ordem, bem como o apoio, o resgate e a proteção de nossa população frente a desastres naturais, tem sido algumas das diversas atividades de nossas Forças Armadas nos últimos anos. Vamos cada vez mais fazer dos investimentos em equipamentos e tecnologia de defesa, elemento de fortalecimento e desenvolvimento de nossa indústria.”
Dilma chamou atenção, ainda que nova etapa de ciclo de desenvolvimento do Brasil deverá ter como base uma maior competitividade da nossa economia. “A nova etapa de nosso ciclo de desenvolvimento deverá estar assentada na maior competitividade de nossa economia. O estímulo à geração de inovação, e a incorporação de novas tecnologias no processo produtivo é, por isso, um de nossos maiores desafios. Seja por meio da oferta de instrumentos adequados ao apoio a ação inovadora de empresas, seja por meio do aprofundamento da integração entre institutos de pesquisa, universidades e o setor empresarial. Este tripé é o tripé que leva à frente a ciência, a tecnologia, e a inovação.”
Os 10 ministros que assumiram nesta segunda-feira foram: Ricardo Berzoini (PT), na Secretaria de Governo; Miguel Rossetto (PT), no Ministério do Trabalho e Previdência Social; Nilma Lino Gomes, no Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos; Marcelo Castro (PMDB), no Ministério da Saúde; Aloizio Mercadante (PT), no Ministério da Educação; Jaques Wagner (PT), na Casa Civil; Aldo Rebelo (PCdoB), no Ministério da Defesa; Celso Pansera (PMDB), no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação; Helder Barbalho (PMDB), no Ministério dos Portos e André Figueiredo (PDT), no Ministério das Comunicações.