Os ministros de comércio do Pacífico chegaram a um acordo que vai abolir as barreiras comerciais e estabelecer padrões comuns para 12 países (EUA, Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Singapura e Vietnã), disse à Reuters um oficial próximo das negociações na segunda-feira.
O acordo deverá ser votado no Congresso dos EUA no início do próximo ano.
"Os esforços para liberalizar o comércio bilateral através da Parceria Transpacífico, liderada pelos EUA, prejudica uma abordagem multilateral no comércio e contradizem o princípio do comércio internacional da não-discriminação", disse na quinta-feira o ex-diretor-geral para o ambiente da Comissão Europeia.
Karl Falkenberg, um conselheiro sênior para o Centro de Estratégia Europeia, acrescentou que o regresso ao bilateralismo nas negociações comerciais representa "uma contradição fundamental com o artigo 1º do GATT [Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio] e todos os princípios do multilateralismo, segundo os quais não pode haver discriminação".
Na última publicação de WikiLeaks se nota que muitos países, incluindo os membros dos BRICS — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, não estão envolvidos nas negociações sobre o TiSA. Isso pode ser interpretado como tentativa de criação de um contrapeso para esta associação.