A reclamação expressa pelo jornal britânico foi suscitada por uma charge postada na segunda-feira (5) no Twitter da Embaixada da Rússia nos Emirados Árabes Unidos. O tweet em questão convidava os internautas a "armar o grupo rebelde sírio correto", cortando o desenho pontilhado de um lançador de granadas para colá-lo nas mãos de um dos sete militantes islâmicos representados na figura – e que eram exatamente iguais, apesar das legendas diferentes que indicavam nomes como "Frente al-Nusra", "Frente Islâmica" e "Ansar Al-Deen".
Find the right #Syrian rebel to arm — non-trivial task to start your day with | #Syria #سوريا #ISIL #Nusra #داعش pic.twitter.com/Gc60dVAn7D
— Russian Embassy, UAE (@RusEmbassyUAE) 5 outubro 2015
A mensagem da embaixada russa foi claramente irônica em relação às alegações de Washington de que seria possível resolver o conflito na Síria armando grupos rebeldes supostamente moderados. Na visão de Moscou, trata-se de uma estratégia fadada ao fracasso, na medida em que se baseia em distinções artificiais, que ignoram o estado real das intenções e ânimos igualmente extremados entre os diversos grupos que lutam contra o presidente sírio Bashar Assad, incitando o clima de violência no país.
A imagem que incomodou o jornal britânico, no entanto, apareceu pela primeira vez em setembro de 2014, na página de um grupo do Facebook autodenominado “Bloody Military Contractors”, dedicado a denúncias sobre crimes de guerras e crimes contra a humanidade praticados pelos EUA.