Segundo Jae-cheon, é importante abordar a questão seriamente e pensar bem sobre ela do ponto de vista político. Este passo não deve ser tomado à pressa, só pensando que este acordo permite o alargamento dos mercados:
“É esperado que o TPP estabeleça não só novas normas económicas, estabelecidas pelos EUA, mas também novas regras na diplomacia, segurança e defesa. Podemos dizer que esta é a parte principal da estratégia de contenção da China.”
“A decisão sobre a adesão só pode ser tomada após a consideração escrupulosa das possíveis influências sobre a nossa economia – do ponto de vista do aumento de IVA, emprego, remoção de produções para o exterior, etc. É preciso fazer com que o TPP não se torne em uma associação comercial fechada, mas em um acordo aberto e inclusivo.”
Ele também expressou a esperança de que a conclusão do acordo não será pretexto para a ratificação do acordo sobre o comércio livre e chamou o governo a defender as suas posições ativamente durante as negociações.
A Casa Branca está ansiosa por concluir este ano o Acordo de Parceria Trans-Pacífico (TPP), um ambicioso projeto para remover as barreiras comerciais entre as nações participantes, que juntas representam 40 por cento da economia global e mais de um terço do comércio mundial, segundo relatou o WikiLeaks ainda em 2013.
Segundo a administração Obama, o pacto é essencial para criar novos mercados de exportação para os EUA e para responder à ameaça econômica representada pela China, que não fará parte do TPP. A preocupação de Washington com a influência chinesa no comércio mundial faz com que a Casa Branca espere que um pacto de livre comércio na região do Pacífico consiga minar propostas alternativas à hegemonia pretendida dos EUA, como o Banco de Investimentos Asiático (AIIB), iniciativa da China que já conta com 57 membros fundadores, ou mesmo o Banco de Desenvolvimento dos BRICS. Ambas as instituições prometem desafiar o domínio do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI).