Oposição sul-coreana: acordo TPP pode ser um meio de conter a China

© AFP 2023 / SAUL LOEBManifestação contra o acordo TPP. Washington (EUA), 21 de maio, 2015
Manifestação contra o acordo TPP. Washington (EUA), 21 de maio, 2015 - Sputnik Brasil
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O chefe do comitê político sul-coreano do partido de oposição Nova Aliança Política para Democracia (NPAD), Choi Jae-cheon, falando do novo Acordo de Parceria Trans-Pacífico (TPP), declarou que “em princípio está de acordo, mas a pressa neste caso pode ser perigosa”, divulgou a agência Renhap.

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O político fez a declaração em resposta ao anúncio do governo sobre a intenção de considerar a participação do país no acordo.

Segundo Jae-cheon, é importante abordar a questão seriamente e pensar bem sobre ela do ponto de vista político. Este passo não deve ser tomado à pressa, só pensando que este acordo permite o alargamento dos mercados:

“É esperado que o TPP estabeleça não só novas normas económicas, estabelecidas pelos EUA, mas também novas regras na diplomacia, segurança e defesa. Podemos dizer que esta é a parte principal da estratégia de contenção da China.”

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O político sul-coreano lembrou-se das palavras do ministro da Defesa dos EUA Ashton Carter quando este disse que o acordo tem a mesma importância política e geopolítica que a adoção  de mais um porta-aviões e apelou ao governo da Coreia do Sul a abordar a questão de adesão ao acordo com toda a seriedade, apesar da declaração de prontidão de participar nele.

“A decisão sobre a adesão só pode ser tomada após a consideração escrupulosa das possíveis influências sobre a nossa economia – do ponto de vista do aumento de IVA, emprego, remoção de produções para o exterior, etc. É preciso fazer com que o TPP não se torne em uma associação comercial fechada, mas em um acordo aberto e inclusivo.”

Ele também expressou a esperança de que a conclusão do acordo não será pretexto para a ratificação do acordo sobre o comércio livre e chamou o governo a defender as suas posições ativamente durante as negociações.

A Casa Branca está ansiosa por concluir este ano o Acordo de Parceria Trans-Pacífico (TPP), um ambicioso projeto para remover as barreiras comerciais entre as nações participantes, que juntas representam 40 por cento da economia global e mais de um terço do comércio mundial, segundo relatou o WikiLeaks ainda em 2013.

Segundo a administração Obama, o pacto é essencial para criar novos mercados de exportação para os EUA e para responder à ameaça econômica representada pela China, que não fará parte do TPP. A preocupação de Washington com a influência chinesa no comércio mundial faz com que a Casa Branca espere que um pacto de livre comércio na região do Pacífico consiga minar propostas alternativas à hegemonia pretendida dos EUA, como o Banco de Investimentos Asiático (AIIB), iniciativa da China que já conta com 57 membros fundadores, ou mesmo o Banco de Desenvolvimento dos BRICS. Ambas as instituições prometem desafiar o domínio do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI).

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