O “Correio do Brasil”, fundado em 2000, é publicado em edições digital e impressa. A versão em papel tem tiragem de 40 mil exemplares e é distribuída, no horário vespertino, somente para assinantes.
A seguir, a entrevista de Gilberto de Souza sobre o evento “Para a Criação de um Espaço de Informação Comum aos Países BRICS”.
Sputnik: Como será a sua participação no encontro?
Gilberto de Souza: Participo como convidado e vou fazer um pronunciamento, na quinta-feira, sobre a democratização da mídia, a necessidade da existência de uma mídia democrática. Este é o ponto que vamos defender junto aos participantes dos outros países BRICS.
S: Qual será o conteúdo do seu pronunciamento?
GS: É uma visão sobre a mídia brasileira e latino-americana e a situação em que se encontra hoje a dominação deste espaço democrático por uma tendência mais voltada ao mercado, mais voltada aos interesses corporativos, quando na verdade o jornalismo precisa ser uma atividade mais social. Este é um dos objetivos da nossa presença para que seja resgatada esta forma de se fazer jornalismo que é a marca do “Correio do Brasil”. É um jornalismo que visa à área social independentemente dos interesses majoritários da sociedade financeira. Este é mais ou menos o norte do que iremos levar.
S: Como você vê a iniciativa da agência Rossiya Segodnya (Rússia Hoje) de criar este espaço comum de informação para o jornalismo dos países BRICS?
GS: É uma iniciativa digna de aplauso porque é inédita. Em nível mundial, inclusive. Ela merece todos os elogios que se possa fazer porque inaugura um novo diálogo, mostra que o mundo está mudando no sentido de se ter uma mídia mais ampla, mais democrática e mais social. Atualmente o grupo BRICS é decisivo na geopolítica mundial. Vemos o mundo, hoje, com os Estados Unidos de um lado e com uma política muito perigosa, muito complicada, e do outro lado países como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul buscando uma nova realidade, buscando resgatar os valores de que o mundo não pode prescindir, como a solidariedade, a integração dos povos, coisas que na política norte-americana ficam muito a desejar.