A medida é considerada uma resposta às ações russas na Síria, comunicou um oficial governamental em Riad que preferiu ficar anônimo à agência noticiosa britânica. Entre as armas letais modernas que o governo saudita promete fornecer aos rebeldes estão armas antitanque, mas o oficial saudita disse que há hipótese de o país também enviar mísseis terra-ar, passo ao qual muitos países ocidentais se opõem por causa do receio de que estas armas possam cair nas mãos dos terroristas do Estado Islâmico.
É que a Arábia Saudita afirma que a Rússia realiza ataques na Síria não contra o Estado Islâmico mas contra os grupos armados de oposição, apoiando o regime do presidente sírio Bashar Assad.
Em 2 de outubro, os EUA e os seus aliados entre os quais o Reino Unido, a França, a Alemanha, a Turquia, o Qatar e a Arábia Saudita apelaram à Rússia para pôr fim aos ataques aéreos contra as forças da chamada “oposição moderada” na Síria, avisando que as suas ações levarão a uma maior escalada do conflito e a novas ondas de extremismo e terrorismo neste país do Oriente Médio.
Desde 30 de setembro último, a pedido do presidente sírio Bashar Assad, a Rússia iniciou ataques localizados contra as posições do Estado Islâmico na Síria, usando aviões Su-25, bombardeiros Su-24M, Su-34, protegidos por caças Su-30SM.
Segundo os dados mais recentes, as Forças Aeroespaciais russas realizaram, desde o início da operação, cerca de 140 missões contra as posições dos terroristas, nomeadamente postos de comando, campos de treinamento e arsenais. Além disso, os navios da Frota do Mar Cáspio lançaram 26 mísseis de cruzeiro contra os territórios controlados pelos jihadistas. A precisão de ataque é de cerca de 5 metros.
Os alvos dos ataques são estabelecidos com base nos dados de reconhecimento russo, sírio, iraquiano e iraniano. O embaixador sírio na Rússia, Riad Haddad, confirmou que as missões aéreas são realizadas contra organizações terroristas armadas, e não contra grupos da oposição política ou civis. Além disso, segundo ele, em resultado da operação da Força Aérea russa, já foi destruída cerca de 40% da infraestrutura do Estado Islâmico.