Numa entrevista no programa BBC Newsnight ele manifestou que “Vladimir Putin quer a instabilidade global” e comparou a operação das Forças Aeroespaciais da Rússia na Síria com a situação em Donbass onde, segundo ele, “15 meses atrás apareceram soldados russos”. Porém, o presidente ucraniano mais uma vez não apresentou quaisquer provas da presença de tropas russas no leste da Ucrânia.
Segundo as palavras de Poroshenko, Putin aspira ao caos global “por causa dos problemas econômicos e perda de apoio dentro do país”. Entretanto, segundo as últimas sondagens do grupo de pesquisas Rating, o próprio Poroshenko é totalmente apoiado somente por três por cento dos entrevistados. Além disso, 33 por cento dos ucranianos não apoiam categoricamente o presidente e mais 34 por cento em princípio não apoiam.
Lembramos que nesta semana Anton Geraschenko, conselheiro do ministro do Interior da Ucrânia, propôs publicar na Internet qualquer informação sobre os militares das Forças Aeroespaciais da Rússia que lutam na Síria contra o grupo terrorista Estado Islâmico para que os terroristas e seus apoiantes na Rússia possam “vingar-se dos militares russos em conformidade com a lei sharia”.
Desde 30 de setembro último, a pedido do presidente sírio Bashar Assad, a Rússia iniciou ataques localizados contra as posições do Estado Islâmico na Síria, usando aviões Su-25, bombardeiros Su-24M, Su-34, protegidos por caças Su-30SM.
Os alvos dos ataques são estabelecidos com base nos dados de reconhecimento russo, sírio, iraquiano e iraniano. O embaixador sírio na Rússia, Riad Haddad, confirmou que as missões aéreas são realizadas contra organizações terroristas armadas, e não contra grupos da oposição política ou civis. Além disso, segundo ele, em resultado da operação da Força Aérea russa, já foi destruída cerca de 40% da infraestrutura do Estado Islâmico.