Poroshenko: Rússia destrói ordem mundial combatendo Estado Islâmico

© AFP 2023 / ODD ANDERSEN Presidente da Ucrânia, Pyotr Poroshenko
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O presidente da Ucrânia Pyotr Poroshenko opina que a Rússia abala a “ordem global de segurança” ao levar a cabo bombardeamentos das posições do Estado Islâmico na Síria.

Numa entrevista no programa BBC Newsnight ele manifestou que “Vladimir Putin quer a instabilidade global” e comparou a operação das Forças Aeroespaciais da Rússia na Síria com a situação em Donbass onde, segundo ele, “15 meses atrás apareceram soldados russos”. Porém, o presidente ucraniano mais uma vez não apresentou quaisquer provas da presença de tropas russas no leste da Ucrânia. 

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Kiev afirma repetidamente que a Rússia apoia as milícias de Donbass com munições e que militares russos participam de hostilidades no leste da Ucrânia mas não apresenta provas em que se possa confiar. Moscou nega as acusações chamando este conflito de conflito interno ucraniano. 

Segundo as palavras de Poroshenko, Putin aspira ao caos global “por causa dos problemas econômicos e perda de apoio dentro do país”. Entretanto, segundo as últimas sondagens do grupo de pesquisas Rating, o próprio Poroshenko é totalmente apoiado somente por três por cento dos entrevistados. Além disso, 33 por cento dos ucranianos não apoiam categoricamente o presidente e mais 34 por cento em princípio não apoiam. 

Lembramos que nesta semana Anton Geraschenko, conselheiro do ministro do Interior da Ucrânia, propôs publicar na Internet qualquer informação sobre os militares das Forças Aeroespaciais da Rússia que lutam na Síria contra o grupo terrorista Estado Islâmico para que os terroristas e seus apoiantes na Rússia possam “vingar-se dos militares russos em conformidade com a lei sharia”.

Desde 30 de setembro último, a pedido do presidente sírio Bashar Assad, a Rússia iniciou ataques localizados contra as posições do Estado Islâmico na Síria, usando aviões Su-25, bombardeiros Su-24M, Su-34, protegidos por caças Su-30SM.

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Segundo os dados mais recentes, as Forças Aeroespaciais russas realizaram, desde o início da operação, cerca de 140 missões contra as posições dos terroristas, nomeadamente postos de comando, campos de treinamento e arsenais. Além disso, os navios da Frota do Mar Cáspio lançaram 26 mísseis de cruzeiro contra os territórios controlados pelos jihadistas. A precisão de ataque é de cerca de 5 metros.

Os alvos dos ataques são estabelecidos com base nos dados de reconhecimento russo, sírio, iraquiano e iraniano. O embaixador sírio na Rússia, Riad Haddad, confirmou que as missões aéreas são realizadas contra organizações terroristas armadas, e não contra grupos da oposição política ou civis. Além disso, segundo ele, em resultado da operação da Força Aérea russa, já foi destruída cerca de 40% da infraestrutura do Estado Islâmico.

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