Ban Ki-moon, disse que "todo o mundo terá água potável e eletricidade, todas as crianças, incluindo as meninas, terão acesso a uma educação de qualidade. Haverá maior bem-estar e saúde para todos; e também para a Pachamama", ressaltou apontando lugares como Vila Vila, onde "temos de medir os objetivos do desenvolvimento sustentável."
O chefe da Organização das Nações Unidas veio à Bolívia para recolher propostas de movimentos sociais de 50 países em face da COP21 que, no entender do governo boliviano, faz parte ativamente de sua política de Viver Bem, que resgata a harmonia do homem com a natureza.
"O que queremos alcançar com as metas de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas é assegurar que todas as pessoas, tanto os povos indígenas e não-indígenas, possam alcançar a dignidade humana", disse o Secretário-Geral agradecendo na língu quéchua pela hospitalidade antes de deixar o país.
O presidente Evo Morales entregou também um documento como contribuição para o "cuidado com mãe terra" ao Secretário-Geral da ONU.
"Sabe-se que há um forte debate no mundo sobre a Mãe Terra, sobre Pachamama. O governo boliviano tem a responsabilidade de entregar um documento às Nações Unidas, chamado "Contribuição prevista nacionalmente do Estado Plurinacional da Bolívia para cuidar da mãe Terra", disse na ocasião o mandatário do país sul americano.
O conteúdo do documento que faz parte da contribuição para cuidar do meio ambiente considera pontos como a urgência de um novo modelo de civilização para um mundo sem consumismo, bem como a construção de um sistema climático baseado na responsabilidade para com a terra e cultura da vida. Entre os 10 pontos do documento também se considera a defesa dos bens comuns universais, como os mares e oceanos, o espaço atmosférico e o tratamento do monopólio tecnológico de modo a promover o acesso dos povos ao patrimônio comum.