"Infelizmente, a Rússia se recusou a se juntar à coalizão [internacional liderada pelos Estados Unidos] contra o Estado islâmico (EI), mas continuamos abertos às conversações com a Rússia e o Irã sobre a resolução da situação na Síria", disse Davutoglu na entrevista ao canal NTV.
O primeiro-ministro turco acrescentou que os ataques aéreos russos contra o EI nas províncias de Aleppo e Idlib da Síria poderiam aumentar ainda mais o número de refugiados que chegam à Turquia.
Desde 30 de setembro a Rússia começou a realizar ataques aéreos contra instalações do Estado Islâmico (EI) na Síria a pedido do presidente Bashar Assad. Por enquanto, a Força Aeroespacial russa fez duas centenas de ataques contra os terroristas, destruindo cerca de 300 militantes, campos de treinamento, centros de comando, arsenais e outras instalações. Além disso, 26 mísseis de cruzeiro foram lançados a partir dos navios da Frota do mar Cáspio, que atingiram com sucesso alvos do EI.
O embaixador da Síria na Rússia, Riad Haddad, confirmou antes que os ataques são realizados contra os agrupamentos armados jihadistas e não contra a oposição laica ou civis. Segundo ele, cerca de 40% das infraestruturas jihadistas no país árabe foram destruídas desde o início das operações militares russas.