A declaração foi feita na Duma de Estado (câmara baixa do parlamento russo), no âmbito da discussão chamada Tribuna Aberta, dedicada ao tema “Rússia e Ocidente: o que se segue?”.
A porta-voz sublinhou que a “agressão informática” contra a Rússia foi dividida em duas etapas: a informação que não corresponde à realidade sobre os passos tomados por Moscou surgiu logo após o início do conflito sírio.
“O segundo etapa da agressão informática, que vemos do lado dos nossos colegas ocidentais, realmente não tem precedentes, não posso me lembrar do mesmo nem em relação ao nosso país, nem aos outros, está relacionado com o início do apoio militar a pedido de Damasco”, disse.
Segundo ele, a Rússia tentou estabelecer, com os vários países do Ocidente, uma determinada “soma de relações”, a fim de estruturar e conciliar os interesses nacionais, mas a tentativa de cooperar falhou.
“Agora passamos para uma outra política, acho que ela determinará o que se segue da nossa parte. É a chamada política de interação seletiva”, disse.
O político russo opina que a Rússia e os EUA têm poucos interesses em comum:
“Podemos usar estes interesses? Não só podemos, mas devemos. Não deve mesmo ser discutida a confrontação total. Mas ao mesmo tempo devemos estar conscientes de que o leque (de interesses) é bastante restrito.”
Além disso, os navios da Frota do Mar Cáspio lançaram 26 mísseis de cruzeiro contra os territórios controlados pelos jihadistas. A precisão de ataque é de cerca de 5 metros.
Os alvos dos ataques são estabelecidos com base nos dados de reconhecimento russo, sírio, iraquiano e iraniano. O embaixador sírio na Rússia, Riad Haddad, confirmou que as missões aéreas são realizadas contra organizações terroristas armadas, e não contra grupos da oposição política ou civis. Além disso, segundo ele, em resultado da operação da Força Aérea russa, já foi destruída cerca de 40% da infraestrutura do Estado Islâmico.