Chancelaria: Rússia sofre ataques informativos sem precedentes

© AP Photo / Dmitry LovetskyMinistério das Relações Exteriores da Rússia, em Moscou
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A Rússia enfrentou uma agressão informática sem precedentes após o início da operação da Força Aérea russa na Síria, declarou a porta-voz do Ministério do Exterior, Maria Zakharova.

A declaração foi feita na Duma de Estado (câmara baixa do parlamento russo), no âmbito da discussão chamada Tribuna Aberta, dedicada ao tema “Rússia e Ocidente: o que se segue?”.

A porta-voz sublinhou que a “agressão informática” contra a Rússia foi dividida em duas etapas: a informação que não corresponde à realidade sobre os passos tomados por Moscou surgiu logo após o início do conflito sírio.

“O segundo etapa da agressão informática, que vemos do lado dos nossos colegas ocidentais, realmente não tem precedentes, não posso me lembrar do mesmo nem em relação ao nosso país, nem aos outros, está relacionado com o início do apoio militar a pedido de Damasco”, disse.

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Durante o mesmo evento, o chefe do Comitê da Duma de Estado das Relações Exteriores Aleksei Pushkov declarou que a Rússia passou para a política de interação seletiva nas relações com o Ocidente.

Segundo ele, a Rússia tentou estabelecer, com os vários países do Ocidente, uma determinada “soma de relações”, a fim de estruturar e conciliar os interesses nacionais, mas a tentativa de cooperar falhou.

 “Agora passamos para uma outra política, acho que ela determinará o que se segue da nossa parte. É a chamada política de interação seletiva”, disse.

O político russo opina que a Rússia e os EUA têm poucos interesses em comum:

“Podemos usar estes interesses? Não só podemos, mas devemos. Não deve mesmo ser discutida a confrontação total. Mas ao mesmo tempo devemos estar conscientes de que o leque (de interesses) é bastante restrito.”

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Lembramos que desde 30 de setembro último, a pedido do presidente sírio Bashar Assad, a Rússia iniciou ataques localizados contra as posições do Estado Islâmico na Síria. Segundo os dados mais recentes, as Forças Aeroespaciais russas realizaram, desde o início da operação, cerca de 140 missões contra as posições dos terroristas, nomeadamente postos de comando, campos de treinamento e arsenais. 

Além disso, os navios da Frota do Mar Cáspio lançaram 26 mísseis de cruzeiro contra os territórios controlados pelos jihadistas. A precisão de ataque é de cerca de 5 metros.

Os alvos dos ataques são estabelecidos com base nos dados de reconhecimento russo, sírio, iraquiano e iraniano. O embaixador sírio na Rússia, Riad Haddad, confirmou que as missões aéreas são realizadas contra organizações terroristas armadas, e não contra grupos da oposição política ou civis. Além disso, segundo ele, em resultado da operação da Força Aérea russa, já foi destruída cerca de 40% da infraestrutura do Estado Islâmico.

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