As medidas do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, foram tomadas após dois israelenses terem morrido e dez ficado feridos após um atentado na última terça-feira, o mais violento sofrido por Israel desde o início de outubro.
Os bairros palestinos de Jerusalém Oriental são ocupados por Israel desde 1967. A região foi anexada em 1980, mas a medida nunca foi reconhecida internacionalmente.
As ações de Israel preveem o isolamento das populações palestinas da parte oriental da cidade, a inspeção em transportes públicos, a destruição das casas de familiares dos “terroristas” sem permitir que possam ser reconstruídas, além da revogação da residência e outros direitos básicos dos que desfrutam do estatuto de moradores de Jerusalém.
O que para o primeiro-ministro de Israel foi encarado como segurança e prevenção a novos ataques, o bloqueio foi visto como uma ‘receita para o abuso’ pela organização não governamental Human Rights Watch (HRW), que condenou a decisão do governo israelense de fechar os bairros palestinos.
“Fechar os bairros de Jerusalém Leste violará a liberdade de movimento de todos os palestinos residentes sem ser uma resposta adequada a uma preocupação específica”, disse a diretora da HRW para a região, Sari Bashi.
Segundo ela, os controles de Israel nas entradas desses bairros são “uma receita para o assédio e o abuso”.