Na quarta-feira (14), Washington se recusou a aceitar a delegação militar russa para discutir esforços coordenados no combate ao terrorismo na Síria, de acordo com o Ministério de Relações Exteriores.
“É difícil para mim perceber como os nossos parceiros norte-americanos podem criticar as ações russas na Síria na luta contra o terrorismo tendo em conta que se recusam a manter um diálogo direto sobre um assunto tão importante como regularização política”, disse Putin no capital do Cazaquistão, Astana.
“Considero esta posição como não construtiva; e o fundamento desta posição fraca norte-americana, neste caso, pelo visto, é a falta de qualquer agenda sobre este assunto. Se calhar, [eles] não têm nada o que falar”, disse Putin.
Por seu turno, a Rússia ainda tem esperança que a cooperação no assunto sírio seja possível.
“Todavia, ao mesmo tempo, deixamos portas abertas e esperamos muito que negociações sejam realizadas entre todos os participantes deste processo complicado, inclusive os nossos parceiros norte-americanos”, disse o líder russo.
Além disso, os navios da Frota do Mar Cáspio lançaram 26 mísseis de cruzeiro contra os territórios controlados pelos jihadistas. A precisão de ataque é de cerca de 5 metros. Os alvos dos ataques são estabelecidos com base nos dados de reconhecimento russo, sírio, iraquiano e iraniano.
O embaixador sírio na Rússia, Riad Haddad, confirmou que as missões aéreas são realizadas contra organizações terroristas armadas, e não contra grupos da oposição política ou civis.
Segundo os dados do Estado-Maior russo, os militantes do EI sofrem danos significativos e mudam de tática espalhando as suas tropas e escondendo-se em povoações. Na linha de contato com as forças governamentais sírias, eles perderam a maior parte das munições e material bélico e uma série de grupos que fazem parte do Estado Islâmico já são prontos a deixar a zona de hostilidades.
O presidente russo Vladimir Putin anteriormente confirmou que os prazos da operação aérea russa na Síria são limitados pela operação ofensiva dos militares sírios e excluiu a possibilidade de uso das Forças Armadas russas em hostilidades terrestres.