Valery Yermolov afirmou que a Rússia conseguiu alterar a disposição negativa da Malásia e tendências de acusar a Rússia e os assim chamados separatistas do Leste da Ucrânia.
“A embaixada superou a pressão dos jornalistas estrangeiros e locais também, explicou a nossa posição à opinião pública e mídia e, naturalmente, às autoridades oficiais, usou os materiais que foram dados pelo centro, ou seja, materiais do nosso Ministério da Defesa”.
O embaixador disse que a Rússia fez todo o possível para assegurar o acesso à informação ligada à catástrofe à Malásia. Durante as visitas dos oficiais malaios a Moscou lhes explicaram a nossa posição e os dados de que nós dispúnhamos lhes foram transmitidos.
O diplomata russo notou que a Malásia foi usada como “empurrador” da iniciativa de criar um tribunal internacional para investigar a tragédia.
É de lembrar que no dia 15 de julho a Malásia introduziu no Conselho de Segurança da ONU um projeto de resolução sobre a criação de um tribunal internacional de investigação do acidente do voo MH17. A Rússia vetou esta resolução no dia 29 de julho no Conselho de Segurança da ONU sublinhando que o documento é contraproducente e extemporâneo uma vez que a investigação que está sendo realizada por especialistas holandeses ainda não está completa.
Segundo Valery Yermolov, a Malásia pode escolher outra jurisdição para o processo tribunal. Em particular, o ministro de Transporte malaio elabora o seu projeto do acordo entre os membros da equipe de investigação conjunta que consiste em representantes da polícia e do Ministério Público belgo, australiano, malaio, EU e Ucrânia.
Além disso, embaixador explicou porque a Malásia não coopera com a Rússia na investigação da tragédia:
“Por um lado os malaios [a cooperação] se mostraram interessados, por outro – disseram que como estão atados por compromissos perante outros membros da equipe de investigação conjunta, eles vão [à Rússia] com eles juntos ou não vão. Como nós sabemos os outros membros da equipe de investigação se recusaram”.
“Se eles têm a vontade de cooperar conosco, estamos sempre dispostos. Nós propusemos à parte malaia e continuamos propondo também a todas as partes interessadas que participam da investigação: a nossa colaboração, talvez, a assistência direta na investigação”.
Em 17 de julho de 2014, um avião da Malaysia Airlines que fazia o voo MH17 entre Amsterdã e Kuala Lumpur foi abatido no sudeste da Ucrânia, na região de Donbass. Todas as 298 pessoas a bordo da aeronave morreram no acidente. As forças de Kiev e os independentistas da região têm se culpado mutuamente pela tragédia.