EUA sabiam que alvo de ataque em Kunduz era hospital

© AP Photo / Médecins Sans Frontières via APHospital da ONG Médicos Sem Fronteiras, em Kunduz, no Afeganistão, após o ataque aéreo dos EUA.
Hospital da ONG Médicos Sem Fronteiras, em Kunduz, no Afeganistão, após o ataque aéreo dos EUA. - Sputnik Brasil
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Analistas militares americanos sabiam que um hospital afegão era um local protegido dias antes de o edifício ser atingido por um ataque aéreo dos EUA que deixou 20 civis mortos, segundo a Associated Press.

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Analistas de operações especiais americanos estavam coletando informações sobre a instalação porque acreditavam ser ela usada pela inteligência paquistanesa para coordenar atividade do Talibã, segundo relata a AP.

Entretanto, não está claro se os comandantes que ordenaram o bombardeio, que matou 22 pessoas — entre pacientes e funcionários —, sabiam que o local era um hospital ou estavam cientes da possibilidade de atividade inimiga no edifício.

Segundo um ex-oficial de inteligência que teve acesso ao conteúdo, o material da inteligência americana sugeria que o hospital vinha sendo usado como centro de comando do Talibã e talvez servisse como depósito de armas pesadas.

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Alguns analistas americanos justificaram o ataque afirmando que foram mortos no ataque os integrantes paquistaneses que supostamente trabalhavam para um serviço de interinteligência do país. Contudo, nenhuma prova foi apresentada publicamente para apoiar essas conclusões — nem sobre a operação paquistanesa nem sobre as mortes de seus integrantes.

A agência Médicos Sem Fronteiras (MSF), responsável pela administração do hospital, condenou o bombardeio como crime de guerra e insistiu em afirmar que não havia armas, munição ou atiradores no edifício. A MSF pediu uma investigação independente realizada por um painel internacional.

Até agora, os EUA recusaram o pedido por uma investigação independente. Oficiais americanos dizem que as duas investigações realizadas pelo país em conjunto com um inquérito afegão, são suficientes.

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