Segundo a revista alemã Der Spiegel, o Serviço Federal de Inteligência (BND, na sigla em alemão) realizava a vigilância nas embaixadas e outros organismos em vários países da UE, bem como "outros alvos" na França e nos Estados Unidos que, segundo a Spiegel, estava fora de área de trabalho do BND.
A espionagem da Alemanha teria parado no verão de 2013 por iniciativa de Ronald Pofalla, o então ministro de Assuntos Especiais da Alemanha e chefe da Chancelaria Federal.
O Mitteldeutsche Zeitung afirmou que a informação foi revelada durante uma reunião da Comissão Parlamentar de Controle (PKGr) e Comitê de Investigação do caso da Agência Nacional de Segurança (NSA) norte-americana, que foi assistida por chefe do BND Gerhard Schindler.
"É claro que, em todos os casos, no escritório do chanceler sabiam do que estava acontecendo, mas eles mantiveram silêncio sobre isso", disse o jornal.
Anteriormente, foi relatado que a NSA dos EUA colaborou com a Alemanha para espionar uma série de países europeus e os seus líderes.
Segundo a mídia alemã, o Ministério do Interior do país teria dado respostas falsas às interpelações parlamentares sobre o escândalo em várias ocasiões. Ademais, o WikiLeaks divulgou os dados de que a NSA tinha escutado telefonemas dos chanceleres alemãos, Angela Merkel, Gerhard Schroeder e Helmut Kohl.