O encontro teve como objetivo fortalecer as relações bilaterais em setores estratégicos dos dois países. Atualmente, mais de 200 empresas suecas operam no Brasil, principalmente no setor de tecnologia, gerando aproximadamente 70 mil empregos no país.
Após o seminário, a Presidenta Dilma concedeu entrevista coletiva ao lado do primeiro-ministro sueco, Stefan Löven, e comentou o momento político e econômico do Brasil. Ao ser questionada sobre as possibilidades de um impeachment, Dilma afirmou não acreditar que um processo realmente se concretize.
“O Brasil está em busca da estabilidade política, e não acreditamos que haja qualquer processo de ruptura institucional”, garantiu Dilma Rousseff. “Nós somos uma democracia, e temos tanto um Legislativo, um Judiciário e um Executivo independentes e que funcionam com autonomia, mas também com harmonia. Não acreditamos que haja nenhum risco de crise política mais acentuada.”
A presidente também foi indagada se a crise econômica no Brasil vai afetar a compra dos caças Gripen NG, realizada entre o Governo brasileiro e a empresa Saab. Dilma disse que o projeto é um dos maiores com participação brasileira e que o momento econômico do país não vai prejudicar o negócio.
Dilma Rousseff ainda falou sobre a questão do acordo comercial do Mercosul com a União Europeia. Segundo a presidente, o Mercosul está preparado para apresentar as propostas comerciais à UE. O objetivo é alcançar um acordo entre os dois blocos até o final do mês de novembro.
“Nós esperamos apresentar as ofertas comerciais do Mercosul com a União Europeia na data aprazada com a comissaria para as questões comerciais da UE até o final de novembro. Somos muito otimistas em relação ao acordo. Achamos que, do ponto de vista do Mercosul, ele está pronto para ser assinado, e acreditamos que do ponto de vista da União Europeia também os sinais são bem positivos.”
Em seguida, a Presidenta Dilma seguiu para Helsinque, capital da Finlândia, onde na terça-feira (20) faz visita oficial de Estado com o objetivo de estreitar também as relações comerciais e de investimentos em ciência, tecnologia e inovação, e principalmente em bioenergia e educação.