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Vice-campeões mundiais militares se preparam para os Jogos Olímpicos Rio 2016

© Sgt Johnson Barros / Ministério da DefesaJogo de Estreia do Futebol: Brasil 3 x 0 Canadá
Jogo de Estreia do Futebol: Brasil 3 x 0 Canadá - Sputnik Brasil
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Segundo lugar na 6.ª edição dos Jogos Mundiais Militares realizados na Coreia do Sul este mês, atrás da Rússia, campeã, os atletas das Forças Armadas brasileiras focam agora nos Jogos Olímpicos do Rio 2016.

O Brasil conquistou na Coreia do Sul 84 medalhas (34 de ouro, 26 de prata e 24 de bronze), enquanto a Rússia levou, no total, 135 medalhas. Os vice-campeões, que integram o Programa de Atletas de Alto Rendimento dos Ministérios da Defesa e do Esporte, hoje se dedicam aos treinos e pré-torneios para os Jogos do Rio.

A equipa das Forças Armadas da Rússia que está participando dos VI Jogos Militares Mundiais (CISM) na Coreia do Sul - Sputnik Brasil
Brasileiros estão logo a seguir à Rússia nos Jogos Militares Mundiais
Em entrevista exclusiva para a Sputnik, o diretor do Departamento do Desporto Militar do Ministério da Defesa, Brigadeiro Carlos Augusto Amaral, afirma que o resultado da equipe militar brasileira durante os Jogos Mundiais superou a expectativa, que era de ficar entre os cinco melhores no ranking mundial.

“Realmente, essa posição de segundo lugar, à frente de uma potência do esporte como a China (3.ª colocada na competição) e da Coreia do Sul, que era a sede do evento e certamente se preparou com bastante esmero para os Jogos Mundiais, nos enche de orgulho e satisfação obtido.”

O Brigadeiro Amaral analisa o preparo e o desempenho dos atletas russos como um modelo que deve servir de inspiração para os atletas militares brasileiros.

“É um modelo para a gente se inspirar, mas entendemos que isso até extrapola o meio militar. A Rússia tem uma estrutura bastante consistente e aperfeiçoada de captação, desde o esporte de base, esporte de participação, para a formação das suas equipes olímpicas e militares. O Brasil está buscando esse esforço olímpico para 2016, de formar um plantel de atletas, dar uma consistência a um programa, de desenvolver e consolidar. Mas, com relação a países como a Rússia, disputando sempre primeiro e segundo lugares nos quadros de medalhas dos Jogos Olímpicos, a gente estaria ainda um pouco distante.”

No Pan-Americano de Toronto, realizado este ano, das 141 medalhas conquistadas pela equipe brasileira, que ficou em 3.º lugar no ranking, 67 delas vieram pelos atletas militares, com destaque para o judô, em que, das 13 medalhas conquistadas pelos brasileiros, 12 vieram pelos atletas militares.

Para os Jogos Olímpicos Rio 2016, a expectativa dos Ministérios da Defesa e do Esporte é de que a equipe brasileira consiga ficar no Top 10 dos países que estarão na competição.

Carlos Augusto Amaral explica que os atletas estão em ritmo acelerado de treinamento para continuar mantendo a crescente performance e aumentar cada vez mais o número de medalhas para o Brasil.

“Eles já estão completamente inseridos. Quando terminaram a participação nos Jogos Mundiais Militares, muitos de lá já saíram para cumprir o programa de treinamento junto às federações e confederações dos diversos esportes. Os Jogos Mundiais Militares fizeram parte de um processo de treinamento rumo aos Jogos Olímpicos. Nós pretendemos dobrar a nossa participação no time Brasil. Nós tivemos, em 2012, 57 atletas, e, das 15 medalhas que o Brasil ganhou, nós ganhamos 4. A nossa meta hoje é trabalharmos entre 100 e 123 atletas que compuseram a equipe brasileira no Pan-Americano, mas pretendemos dobrar a nossa contribuição no quadro de medalhas do Brasil, com 8 a 10 medalhas.”

Jogo de Estreia do Futebol: Brasil 3 x 0 Canadá - Sputnik Brasil
Brasil quer ficar entre os cinco primeiros no ranking geral dos Jogos Mundiais Militares
Entre as modalidades em que os militares brasileiros têm grandes chances de medalhas nos Jogos Olímpicos 2016, o Brigadeiro Amaral destaca: judô, natação, vôlei de praia, handebol feminino, vela e atletismo.

Sobre a polêmica dos atletas militares prestando continência à Bandeira do Brasil na hora da execução do Hino Nacional, nos jogos Pan-Americanos, o diretor do Departamento do Desporto Militar do Ministério da Defesa acha curioso que a ação tenha causado tanta discussão, e explica que a continência durante os Jogos pode ser feita sem problemas, por ser apenas uma saudação prestada pelo militar, por orgulho em servir e ter conquistado com esforço uma medalha para o Brasil.

“A continência é uma saudação militar. Em algumas situações ela é obrigatória, conforme o regulamento, como aconteceu nos Jogos Mundiais Militares. Numa visão técnica, não seria necessário prestar continência no pódio na competição do Pan ou nos próprios Jogos Olímpicos, porque a competição é civil. Não existe nenhuma conotação política como as pessoas às vezes querem dar. O que existe é uma saudação militar. Eu acho que passa na cabeça do atleta, quando ele sobe no pódio, um filme de ‘puxa, como foi difícil chegar aqui, como estou vibrando por estar aqui’, e presta-se a continência à Bandeira, ao país, à sua pátria. E não existe nenhuma conotação política, não existe nenhuma obrigatoriedade. É um grande momento cívico de prestar a continência. E se não prestar a continência não há nenhum problema.”

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