Ao todo, os empreendimentos inscritos somam 47.618 megawats em oferta de eletricidade, o que corresponde a cerca de 1/3 de toda a geração atual do país, ou o equivalente a quatro usinas hidrelétricas como a de Belo Monte, que está sendo construída na bacia do rio Xingu, próximo ao município de Altamira, no norte do Pará.
“Como a oferta é muito grande, os interessados em investir no setor elétrico são muitos agentes, e isso faz com que haja uma competição muito grande no leilão. Como há uma grande competição, a expectativa será de preços baixos, o que é bom para o consumidor brasileiro. Hoje, a notícia positiva é que, apesar da difícil situação econômica que o país vem vivendo, o setor elétrico vem atraindo um número enorme de investidores, que estão interessados em participar do leilão e, portanto, investir no setor.”
As fontes dos projetos interessados são diversas: usinas eólicas, termelétricas a gás natural, a carvão, a biomassa e a biogás, além de hidrelétricas de grande e pequeno porte. O destaque, no entanto, é para a energia eólica, a produzida pelo vento, responsável por quase a metade dos projetos apresentados para o leilão.
De acordo com dados da Empresa de Pesquisa Energética, em 2014 o Brasil ficou em quarto lugar no ranking mundial dos países que mais ampliaram a instalação de campos eólicos.
“É bem no interior da Bahia, onde há regiões muito pobres, e o proprietário da terra arrenda sua área justamente para instalar o parque, aqueles aerogeradores. Isso traz uma renda adicional, o que do ponto de vista social é muito interessante.”
Agora, os projetos seguem para a Empresa de Pesquisa Energética e a Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica, que vão analisar requisitos como a licença ambiental e a comprovação da capacidade energética.
A previsão é de que os projetos possam ofertar energia a partir de janeiro de 2021.