Na quinta-feira (23), a antiga Secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton pela primeira vez testemunhou perante a comissão especial pelo assunto de Benghazi da Câmara de Representantes dos EUA (câmara baixa do parlamento norte-americano). A comissão especial acusou Clinton de falhar salvar vidas dos 4 diplomatas na cidade líbio de Benghazi.
Clinton foi convocada pela comissão especial para testemunhar sobre o seu papel e conhecimento em relação ao ataque de setembro de 2012 contra a missão diplomática em Benghazi. O embaixador norte-americano Chris Stevens e outros três oficiais governamentais norte-americanos foram mortos em resultado de ataque.
Segundo as mensagens, no dia em que foi morto, o embaixador Chris Stevens enviou um telegrama diplomático expressando a sua preocupação sobre a segurança da missão diplomática norte-americana.
Uma das deputadas presentes na audiência, Susan Brooks, disse a Clinton: “Só uma conclusão que posso tirar usando os seus próprios apontamentos… Não havia muito interesse pela Líbia em 2012”.
A audiência de julgamento durou todo o dia. É a segunda audiência que assiste Clinton. A primeira se realizou em janeiro de 2013 na comissão de relações exteriores no Senado norte-americano. Durante a audiência de quinta-feira Clinton disse que assume responsabilidade pelo que aconteceu em Benghazi em 11 de setembro de 2012.
“Assumi a responsabilidade e como parte disso, antes de deixar o posto, lancei reformas para proteger nossas pessoas nesta área e ajudar a reduzir a possibilidade de uma outra tragédia no futuro”, disse Clinton.
“Foi eu que pedi Chris [Stevens] para ir para a Líbia como nosso enviado. Depois de ataques eu estava ao lado do Presidente Obama enquanto fuzileiros navais levavam o seu caixão e os dos outros três norte-americanos do avião na base aérea de Andrews. Eu assumi a responsabilidade”, declarou Clinton.
Antes de Clinton testemunhar na comissão especial a comissão de inteligência do Senado norte-americano divulgou o relatório que afirma que o ataque contra o consulado norte-americano em Benghazi poderia ser evitado senão houver segurança não suficiente e más comunicações entre os diplomatas. O relatório também acusou o Departamento de Estado de inação antes de ataque ser realizado inclusive a recusa de reforçar segurança da missão diplomática mesmo depois de a Agência Central de Inteligência (CIA) ter tomado medidas de segurança adicionais para proteger o seu próprio escritório em Benghazi.