Republicanos não derrubarão veto de Obama, diz especialista

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O presidente norte-americano, Barack Obama, vetou o projeto de lei que permite fornecer armas à Ucrânia. Segundo o especialista russo, Leonid Gusev, ainda isso não é um ponto final no assunto relacionado com o orçamento de defesa e armas para a Ucrânia.

O projeto de lei de orçamento das Forças Armadas norte-americanas para 2016 prevê um montante total das despesas de 612 bilhões de dólares. 300 milhões deste total deviam ser destinados para prestar ajuda militar à Ucrânia, inclusive fornecimento de armas, munições, drones e morteiros.

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A Casa Branca tem repetidamente declarado que o presidente do país usaria o seu direito de veto. Alguns fundos de reservas, bem como certas previsões do projeto de lei que impedem fechar a prisão de Guantánamo foram considerados pela administração norte-americana como uma manifestação de atitude irresponsável ao financiamento da defesa do país. Todavia, os republicanos que submeteram o projeto de lei têm a maioria em ambas das câmaras do Congresso que gera esperança de que o veto presidencial seja derrubado.

O especialista do Instituto de estudos internacionais da Universidade de Relações Internacionais de Moscou (MGIMO) Leonid Gusev opina que as esperanças dos republicanos não serão concretizadas.

“Sim, os republicanos declararam que em novembro, na sessão do Senado, tentarão derrubar o veto. Mas apesar de fato de que possuem a maioria, precisam de dois terços para que o veto seja derrubado. Mas não têm dois terços. Farão tentativas de atrair para o seu lado uma parte de democratas do Senado, mas é pouco provável que obtenham uma maioria. É mais provável que se realizarão mais negociações e consultas entre câmaras e a administração Obama sobre o orçamento de defesa. Tudo isto acontecerão até o início do ano novo e depois se realizará uma nova votação“, disse Gusev no comentário para a rádio Sputnik. 

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A embaixada ucraniana nos Estados Unidos expressou a sua confiança em que apesar de veto presidencial os EUA continuarão fornecer ajuda militar e outros tipos de ajuda à Ucrânia. Na opinião de Gusev, esta afirmação é duvidosa.

“No presente momento, com certeza, a Ucrânia não receberá nada porque o projeto de lei de orçamento não está adoptado. Por algum tempo financiamento de tipo algum não serão desviados. Ainda não é possível dizer de que maneira será alterado o orçamento e se 300 milhões de dólares que devem ser gastos na Ucrânia, permanecem. Mas mesmo se tudo isso seja aprovado o dinheiro será desviado sob a sanção do Departamento de Estado, Ministério da Defesa ou seja não de modo automático”, afirmou.

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