“Como eu já disse depois de me encontrar com o senhor Bogdanov [chefe adjunto do Ministério russo das Relações Exteriores] em Paris, o Exército Livre da Síria está disposto a dialogar com a Rússia. Precisamos de organizar mais um encontro e discutir as nossas ações conjuntas… A decisão conjunta sobre o tipo de apoio que o Exército Livre da Síria poderá dar à Rússia poderá ser tomada no decorrer das negociações”, disse Fahad al-Masri, um dos fundadores do Exército Livre da Síria à Ria Novosti.
“Propusemos a realizar um encontro no Egito, no Cairo, mas não recebemos nenhuma resposta. Não sugerimos alguma data concreta mas afirmamos a nossa prontidão de nos encontrarmos. Acho que é dos interesses da Rússia, do Exército Livre da Síria e do povo sírio realizar este encontro o mais brevemente possível”, disse o opositor sírio.
Antes, o chanceler russo Sergei Lavrov havia dito que a Rússia não considera o Exército Livre da Síria oposicionista como um agrupamento terrorista. Ele precisou que Moscou considera terroristas somente “os grupos que foram reconhecidos como tal pelo Conselho de Segurança da ONU e Federação da Rússia”.
Além disso, o Ministério das Relações Exteriores russo disse que Moscou estava disposta a estabelecer contatos com o Exército Livre da Síria e pediu a Washington para lhe fornecer os dados sobre o grupo.
Ao mesmo tempo, o porta-voz deste grupo armado, Ahmad Saoud, disse que não está pronto para aceitar a proposta russa de juntar as forças para combater o Estado Islâmico. Ele explicou a decisão pelo fato de que os aviões russos alegadamente bombardeiam em massa as posições da oposição armada.
"A Rússia está bombardeando o Exército Livre da Síria e agora quer cooperar conosco, enquanto permanece comprometida com Assad? Nós não entendemos a Rússia", afirmou Ahmad Saoud citado pelo jornal árabe Annahar.
O Exército Livre da Síria já afirmou várias vezes que os ataques da Rússia atingem outros grupos que não o Estado Islâmico, mas não deu quaisquer provas de tais afirmações.