“Já no ano passado nós – o núcleo do Bloco Patriótico – dissemos que o Kosovo é da Sérvia e a Crimeia é da Rússia. Apoiámos de todo o coração o referendo na Crimeia e também queremos organizar um referendo na Sérvia para que os cidadãos sérvios tomem a decisão de não aderir à UE, sendo isso o único modo de reaver o Kosovo”, disse Sanda Rašković Ivić, líder do Partido Democrático da Sérvia.
Ela notou que, tal como a Cristianização da Rússia começou na Crimeia, também a Cristianização da Sérvia começou no Kosovo.
“A nossa visita tem um significado duplo: apoiar o povo russo e os cidadãos da Crimeia pela sua reunificação com a pátria histórica – a Rússia. A sua reunificação nos dá uma grande esperança de que um dia o Kosovo, o berço na nossa história sérvia, venha a ser devolvido à república da Sérvia”, afirmou a chefe do partido.
O Partido Democrático da Sérvia esteve representado durante muitos anos no parlamento do país, mas não o conseguiu fazer em 2014 e se tornou oposição.
No entanto, parece que a vice-primeira-ministra sérvia Zorana Mihajlovic não aprova a ideia do referendo. Em entrevista exclusiva à Sputnik ela disse que o objetivo estratégico do país é a União Europeia. Ao mesmo tempo, isso não significa que “a Sérvia não vai trabalhar com a Rússia”.
A vice-premiê agradeceu a Rússia pela política de princípios em relação ao Kosovo.
De acordo com a vice-premiê, o problema de Kosovo também será discutido durante o encontro entre o primeiro-ministro sérvio Aleksandar Vucic e o presidente russo Vladimir Putin.
Segundo disse Zorana Mihajlovic, embora a Sérvia esteja preocupada com os fornecimentos através da Ucrânia e o futuro nebuloso do gasoduto Corrente Turca, o país planeja cooperar com a Rússia neste campo:
“É absolutamente claro que no passado usámos o gás russo, o usamos agora e vamos usar no futuro”, disse.
A Sérvia tem o estatuto da candidata à adesão à União Europeia desde 2012. Negociações sobre este processo estão em curso.