“A OTAN deve saber que no Montenegro vivem um montão de pessoas que consideram esta Aliança de uma organização criminosa que violando o direito internacional e sem quaisquer e sem quaisquer razões para isso matam pessoas em todo o mundo e destrói países”, diz Bulatovic.
Ele lembra que durante a agressão da OTAN em 1999 no Montenegro que na altura era parte da Iugoslávia estavam 30 mil efetivos do exército daquele país.
“Agora são cidadãos do Montenegro (o país separou-se da Sérvia em 2006), mas eles ainda lembram-se dos assassinos de civis, especialmente crianças, por parte da OTAN. O Montenegro foi sempre conhecido pela sua paixão pela liberdade e deste ponto de vista a OTAN para nós não é um amigo, mas sim uma organização que tem nosso sangue nas mãos. Seja assim que a OTAN não chegue aqui e assim as nossas relações serão ainda melhor”, acrescentou.
Comentando a declaração do secretário geral da OTAN Jens Stoltenberg de que o Montenegro alcançou grandes sucessos na área de supremacia da lei, Bulatovic diz é só uma maneira de camuflar o estado trágico da democracia, política e especialmente da economia neste país.
No quadro da agressão da OTAN em 1999 os bombardeios contra o Montenegro foram menos intensivos de que contra a Sérvia ou Kosovo e Metohija. Entretanto a capital, Podgorica, e outras cidades foram alvos de ataques aéreos norte-americanos. O caso mais escandaloso foi o bombardeamento da povoação de Murino onde não havia nenhuma divisão ou objeto das Forças Armadas da Iugoslávia. O ataque levou as vidas de seis pessoas, entre elas três crianças.
6 dead. 3 children. #Murino #Montenegro #NATO #1999 photo: village archive pic.twitter.com/re5day0aat
— Anissa Naouai (@ANOWRT) 23 июля 2013