Jogos de gasodutos: Sérvia negocia futuras relações com a Rússia

© Sputnik / Aleksandr Astafiev / Acessar o banco de imagensPrimeiros-ministros da Rússia e da Sérvia, Dmitry Medvedev e Aleksandar Vucic, respetivamente
Primeiros-ministros da Rússia e da Sérvia, Dmitry Medvedev e Aleksandar Vucic, respetivamente - Sputnik Brasil
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O primeiro-ministro da Sérvia Aleksandar Vucic, que está de visita de trabalho entre 27 e 29 de outubro na capital russa, Moscou, se encontrará na terça-feira (27) com o seu colega russo, Dmitry Medvedev e visitará o Fórum empresarial russo-sérvio.

Os especialistas opinam que a visita tem grande importância porque a Sérvia está muito preocupada com a questão da energia, e neste contexto, a delegação de 70 empresas sérvias que se encontra em Moscou parece prova disso.

O premiê sérvio Aleksandar Vucic declarou em exclusivo à Sputnik Srbija que o objetivo da sua visita a Moscou é “realizar conversas com a direção russa e alcançar resultados importantes e positivos para cidadãos da Sérvia e para as futuras relações dos dois países”.

Nas declarações exclusivas à Sputnik, o premiê também sublinhou a importância de atingir um acordo sobre o pagamento de dívidas a uma das maiores empresas energéticas russas, Gazprom, que o antigo governo deixou por pagar.

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Vucic fez lembrar que a Sérvia é um dos poucos Estados europeus que não introduziu sanções contra a Rússia em conexão com a crise na Ucrânia. Segundo o premiê, o objetivo de Belgrado é desenvolver boas relações com Moscou e, por isso, é importante continuar seguindo o curso político de não adesão às sanções, bem como o da política de neutralidade militar.

“Acho que é um bom sinal para a Federação da Rússia que nós podemos melhorar as nossas relações tradicionais amigáveis nos interesses dos nossos cidadãos. Acho que o fato de que a visita durará três dias mostra a importância dessas relações”, disse.

Cabe mencionar que Belgrado tinha esperança na construção do gasoduto South Stream (Corrente do Sul) que permitiria evitar os riscos geopolíticos que o transporte de gás via Ucrânia apresenta, tendo em conta a situação instável no país.

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O gasoduto, que deveria passar pelo território sérvio, traria 500 milhões de euro ao Orçamento do país, além de 1,5 bilhões de investimentos diretos e até 5 bilhões de investimentos indiretos, sem mencionar vários milhares de vagas de trabalho que o projeto criaria.

A construção do gasoduto Corrente do Sul foi abandonada definitivamente em dezembro de 2014 devido à postura pouco construtiva da União Europeia em relação à realização do projeto.

E agora a Moscou oferece a Belgrado participar em outro projeto, o gasoduto Turkish Stream (Corrente Turca). Mas a parte sérvia ainda não decidiu se participará ou não. O novo gasoduto deverá transportar o gás da Rússia para a Turquia através do Mar Negro e, de lá, por meio de um hub de trânsito na fronteira turco-grega, para os outros clientes no Sul da Europa.

Segundo o chanceler russo, Sergei Lavrov, o entendimento político na questão do novo gasoduto continua em vigor, mas para assinar quaisquer documentos, a Rússia vai esperar os resultados das eleições legislativas e a formação do novo governo na Turquia, que serão realizados já no fim desta semana, em 1 de novembro.

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