Ex-ministro do Syriza acusa UE de tentar impedir o gasoduto Corrente Turca

© REUTERS / Alkis KonstantinidisEx-ministro da Energia da Grécia, Panagiotis Lafazanis
Ex-ministro da Energia da Grécia, Panagiotis Lafazanis - Sputnik Brasil
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A União Europeia (UE) está tentando parar o projeto do gasoduto Corrente Turca, segundo declarou o ex-ministro da Energia grego Panagiotis Lafazanis nesta segunda-feira (20), durante a cerimônia oficial de entrega do cargo para Panos Skurletis.

A ser construído no sul da Europa, o gasoduto com capacidade de 63 bilhões de metros cúbicos levará combustível russo da Turquia para a Europa Central e, de acordo com Lafazanis, é um projeto prioritário para a Grécia e deve ser realizado apesar da “pressão e dos obstáculos” colocados pela UE.

"Temos de aplicar um grande esforço para assinar um acordo com a Rússia sobre o gasoduto do sul da Europa (…) apesar das pressões e obstáculos. A Grécia pode passar para um novo caminho com uma política energética independente", disse o ex-ministro, acrescentando que a “UE continua a exercer pressão para tentar parar o projeto e perturbar a sua realização".

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Na última sexta-feira (17), Lafazanis foi substituído na pasta de Energia no contexto de uma grande recomposição ministerial provocada pela oposição interna do Syriza (coalizão governamental de esquerda) às duras medidas de austeridade exigidas pelos credores internacionais de Atenas, no âmbito do acordo aprovado na quarta-feira (15) pelo Parlamento grego.

Na cúpula econômica internacional que aconteceu no mês passado em São Petersburgo, Lafazanis disse à Sputnik que Atenas não pediria permissão a Bruxelas para continuar com a construção do gasoduto, que pode transformar a Grécia em um centro de distribuição de energia para as 28 nações da UE.

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Em 1º de dezembro do ano passado o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que o projeto para a construção do gasoduto Corrente do Sul (South Stream) estava sendo cancelado devido à “abordagem não construtiva da União Europeia” para a cooperação nesta esfera, e particularmente à decisão da Bulgária de suspender a construção de um trecho do gasoduto em seu território. Bruxelas, por sua vez, alegou que o Corrente do Sul violava normas de segurança energética.

Depois da declaração, a empresa estatal russa Gazprom anunciou planos para a construção do Corrente Turca, que levará o gás da Rússia para a Turquia através do Mar Negro e, de lá, por meio de um hub de trânsito na fronteira turco-grega, para os outros clientes no Sul da Europa.

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