O encontro é coordenado pela FAO – Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura e discute principalmente um projeto internacional de fortalecimento dos sistemas públicos de abastecimento de alimentos para erradicar a fome na América Latina e no Caribe. Os investimentos são da ordem de R$ 1,5 milhão.
“Essa troca de informações, essa experiência tem a condição de proporcionar uma melhoria muito grande na execução dos programas de busca, de erradicar de vez a fome no mundo”, comenta Lineu de Souza. “Nós temos uma cadeia produtiva, que o Brasil tem respondido de uma maneira muito significativa nessa produção. Ano a ano nós temos conseguido alcançar recordes na produção, mas também há um elemento levantado por vários órgãos e principalmente pela FAO, onde detectamos grande desperdício, uma grande perda da produção nacional e mundial. Esse encontro tem como buscar essas alternativas dentro da experiência de cada país, buscar esse entendimento, uma política pública que entenda e faça o encaminhamento a cada dia do melhor uso das tecnologias. A melhor aplicação na infraestrutura, um melhor aproveitamento na comercialização e consequentemente a formação de uma cultura diferenciada no consumo de um modo geral.”
Segundo a Conab, a ideia é promover um diálogo que permita se chegar a interesses em comum, derrubando a burocracia, para que os países estabeleçam acordos de negócios que permitam aproveitar o potencial das cooperativas e associações de produtores no abastecimento agroalimentar por meio das empresas e mecanismos públicos de abastecimento.
Para o representante da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) no Brasil, Alan Bojanic, o encontro é uma oportunidade de fortalecer o processo de integração latino-americano, em termos comerciais, com o objetivo de facilitar a compra e assegurar a segurança alimentar e nutricional de pessoas vulneráveis.
Segundo Alan Bojanic, a ideia é replicar o modelo adotado pela Conab para os outros países da América Latina e Caribe:
“A Conab já é uma instituição consolidada, mas temos outros sistemas que ainda estão se formando, como o do Equador, o da Bolívia, que ainda são sistemas novos, que vão precisar muito dos serviços e do tipo de tecnologia que já tem sido desenvolvida aqui no Brasil. Essa troca de informações em um sistema único latino-americano – esse evento pode dar pé para finalmente poder atingir o grande objetivo que é a integração comercial agrícola, e principalmente da agricultura familiar.”
Além do Brasil, participaram do evento Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, México, Nicarágua, Panamá, São Vicente e Granadinas, Uruguai e Venezuela.