No Iraque, o Estado Islâmico conseguiu capitalizar com a infraestrutura estatal de produção de petróleo, que foi abandonada desde a invasão ao país, em 2003. O lucro do grupo foi usado principalmente para a aquisição de novos equipamentos e para pagar salários de mais combatentes.
"É petróleo de graça para eles, então vendem a qualquer preço que considerem ser conveniente. Obviamente, qualquer preço, qualquer dinheiro gerado com isso é basicamente dinheiro de graça", já que as vendas de petróleo são feitas no mercado negro, sem regulação, explicou o especialista.
"Eles (Estado Islâmico) estão praticamente administrando uma indústria de petróleo graças a intermediários inescrupulosos que estão se beneficiando de petróleo barato. Toda essa volatilidade, na qual compra-se petróleo muito barato e revende-se a preços altos, dá lucro e, ao mesmo tempo, incentiva a organização terrorista a crescer."
"No caos da guerra, muito poucas pessoas estão dispostas a fiscalizar corretamente, o que facilita o trabalho do Estado islâmico", afirma Kara-Mustapha.
Para o especialista, cortar a fonte de receitas do Estado Islâmico é crucial para levar paz à região, já que a organização não conseguirá financiar o equipamento ou os soldados necessários para a luta.
"Na essência, se você remove as receitas, está na verdade cortando, lentamente, a sustentação do Estado Islâmico. Talvez não corte a cabeça, e é um processo lento, mas você está enfraquecendo (o grupo) consideravelmente."