“Passou um mês desde o início da operação do grupo aéreo russo na República Árabe da Síria e chegou o tempo de apresentar alguns resultados. No total, os nossos aviões realizaram 1.391 voos eliminando 1.623 instalações dos terroristas”, disse Kartapolov.
Segundo o general russo, entre as instalações destruídas dos terroristas são 249 postos de comando de diferentes tipos, 51 campos de treinamento, 35 fábricas, 131 armazéns de munições e combustível, bem como 371 instalações fortificadas, 786 campos dos rebeldes e várias bases.
Apesar da deserção em massa dos militantes continuam se opor às tropas governamentais sírias, destacou o general.
“Agora é cedo falar de uma plena vitória sobre os terroristas na Síria. Apesar de perdas significativas e deserção em massa, em algumas direções os militantes continuam opondo às tropas governamentais. Todavia, todas as tentativas de realizar um contra-ataque são prevenidas pelas Forças Armadas sírias”, afirmou Kartapolov.
Também destacou que as tropas governamentais sírias minimizaram o uso da sua aviação e artilharia para preservar a infraestrutura em cidades e proteger os habitantes locais.
Além disso, alguns grupos armados que faziam parte da Frente al-Nusra decidiram se passar ao lado da oposição moderada síria, informou Kartapolov.
Segundo o general russo, os terroristas aspiram a atrair mais militantes ao seu grupo.
“Este processo é mais intenso na província de Aleppo aonde os militantes tentam enviar as suas reservas do território do Iraque e outros países vizinhos. Mas o seu nível de treinamento e estado moral e psicológico é muito mau”, disse Kartapolov.
Como mais e mais militantes desertam do campo de batalha os líderes dos terroristas recorrem às medidas extremamente violentas para parar o processo de deserção, disse Kartapolov. 17 militantes do grupo Al-Ghuraba foram executados em público depois terem tentado abandonar o campo de batalha e fugir para a Jordânia.
“Para receber ajuda política e financeira do estrangeiro a liderança dos grupos armados que faziam parte da organização terrorista Frente al-Nusra tomou a decisão de desistir dos seus símbolos e passar-se sob a bandeira da Ahrar al-Sham que o Ocidente considera como a oposição moderada”, concluiu Kartapolov.
As ações da aviação russa permitiram ao Exército sírio libertar mais de 50 povoações durante 3 semanas. Kartapolov sublinhou que os ataques aéreos russos ajudaram às tropas sírias de lançar ofensiva em províncias de Aleppo, Latakia, Idlib, Homs e Damasco e libertar vastos territórios de bandidos.
Segundo o general, em resultado de ataques aéreos russos o Estado Islâmico e a Frente al-Nusra foram obrigados a passar à táctica de defesa, foi perturbado o sistema de comando do grupos terroristas. Ao mesmo tempo, as ações da aviação russa na Síria permanecem muito intensas.
“O Estado Islâmico e a Frente al-Nusra perderam a iniciativa e tiveram de passar às táticas de defesa em toda a linha de frente. Também foi prejudicada a estabilidade do comando do grupo armado. Para isso contribuiu a eliminação de 28 líderes de bandidos mais odiosos”, afirmou o representante militar russo.
De acordo com os dados do Estado-Maior General da Federação da Rússia, os combatentes terroristas já começaram recuando, perdendo os armamentos e material bélico na linha de frente. Drones de reconhecimento russos aumentaram o número de voos para melhor controlar a situação.
O presidente russo Vladimir Putin confirmou mais cedo que o período da operação militar russa na Síria será limitado pelos resultados da ofensiva do exército sírio, negando a possibilidade de uso das Forças Armadas da Rússia para ações militares terrestres.