O Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) foi iniciado em 2008 pelo Brasil e a França que acordaram em entregar a tecnologia da defesa com o alvo de assistir o país sul-americano na construção do seu primeiro submarino até 2025.
Segundo o deputado federal pelo PT no Acre, os Estados Unidos estão não só contra o programa, mas também contra a estabilidade no país.
"Não duvido que a CIA não está interessada em permitir que o Brasil desenvolva seu programa nuclear. É por isso que o PROSUB enfrentará tantos problemas enquanto avança," disse.
Segundo o político brasileiro, a agência de inteligência dos EUA não só tenta desestabilizar a situação na política atual no Brasil, mas também tem na mente a mesma ideia para outros países da América Latina.
"Em cada país da América Latina as ações da inteligência [dos EUA] são diferentes, mas todas buscam criar instabilidade", disse.
Segundo Machado, existem ligações entre a inteligência norte-americana e os movimentos que visam depor a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, juntamente com o maior partido da oposição no país, Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB):
"Estou convicto que a CIA já por muito tempo está atuando secretamente no Brasil. As operações da CIA ficam acima de todos os movimentos da oposição, do PSDB e or Aecio Neves [chefe do PSDB]"
A Polícia Federal do Brasil lançou a investigação de vários subcontratos do projeto em conexão com a outra investigação, da corrupção na empresa petrolífera brasileira Petrobras.
Enquanto isso, vários altos oficiais da Petrobras estão sob a investigação por acusações de corrupção com alvo de inflacionar contratos com empresas de construção, além de subornar políticos.
Uma das empresas de construção em questão é a Odebrecht que supostamente participou na esquema criminal e trabalhou como sub-contratora no projeto PROSUB.
O maior escândalo de corrupção na história do Brasil também envolveu políticos de alto escalão. Inclusive o ex-presidente do país, Luiz Inácio Lula da Silva, foi citado. Contudo, uma CPI recentemente avaliou que nada consta que possa implicar a participação do ex-presidente na corrupção na estatal.