Ultimamente têm havido muitas mudanças de regime, especialmente no Médio Oriente, organizados por movimentos populares. No entanto, a edição francesa What They Say About the USA [o que dizem sobre os EUA] afirma que estes movimentos são fictícios e que foram criados pelas agências dos EUA como parte da estratégia de colocar a Irmandade Muçulmana no poder em todo o Oriente Médio.
No artigo se destaca que nos países aliados dos norte-americanos – Arábia Saudita e Qatar – não aconteceu nada deste tipo.
Ao mesmo tempo, os movimentos “democráticos” são uma catástrofe para estes países.
Time to change #US failing strategy of colored revolutions, they will backfire https://t.co/AyI8Ds1Ur3 #ISIS #Syria pic.twitter.com/zUbnxegvPL
— What They Say (@About_The_USA) 29 октября 2015
“Por exemplo, recentemente vimos o aumento de tais tendências antigovernamentais nos países que não estão satisfeitos com as políticas pró-ocidentais e que não as apoiam (tais como a Hungria e a República Tcheca). É muito possível que estes países também venham a ter ‘revoluções populares”, adverte o portal de notícias.
Quanto ao conflito sírio, os meios de comunicação ignoram de forma consistente o fato de que o regime sírio não tem o monopólio sobre a violência, e que os assassinatos em massa são cometidos por ambas as partes. A mídia atual ignora totalmente as atrocidades dos islamistas.
“É preciso sublinhar que, apesar das muitas falhas do regime de Assad…, a oposição armada é composta por maníacos e fascistas que são infinitamente pior do que ele”, assinala o artigo.
Os autores destacam o papel da Rússia na resolução da crise síria:
“A intervenção russa pode ser vista como uma mudança visível – o primeiro passo para restabelecer a ordem no Oriente Médio”.
A edição consideram que todas as acusações contra a operação russa não têm por base quaisquer evidencias.
“Os argumentos são muito pouco credíveis. Será que precisámos dos números de mortos durante a guerra no Iraque ou dos ataques de drones americanos contra o Paquistão e Afeganistão?” pergunta o autor, dando o exemplo do bombardeamento do hospital dos Médicos sem Fronteiras em 2 de outubro.
A edição conclui que, embora a crise venha a ser eventualmente resolvida, a credibilidade do Ocidente e da Europa em particular ficará manchada para sempre devido ao alinhamento com Washington e os Estados sunitas.