A disputa é reprise de uma eleição de junho na qual o governista Partido Justiça e Desenvolvimento (AKP) surpreendentemente perdeu o seu regime de partido único, devido a uma forte presença do partido curdo. A questão-chave é saber se neste domingo o partido no poder receberá assentos suficientes para obter uma maioria absoluta no Parlamento ou se terá de formar uma coalizão para governar.
A Turquia é um aliado-chave dos Estados Unidos na luta contra o Estado islâmico e, uma vez que recebe mais refugiados sírios do que qualquer outra nação no mundo, é um participante crucial para acabar com a guerra na Síria e resolver a crise de imigração na Europa.
Mais de 54 milhões de pessoas são elegíveis de votar. No total, há mais de 175 mil locais de voto. A expectativa é de que a participação se mostre elevada.
A votação foi no geral pacífica, mas a polícia usou spray de pimenta para dispersar uma briga entre pessoas que apoiam o partido no poder e outras favoráveis aos curdos, em uma província ao nordeste de Kocaeli.
Erdogan advertiu sobre a instabilidade, se um governo de coalizão for formado, mas também diz que vai aderir aos desejos dos eleitores.
"Vamos todos ter de mostrar respeito à vontade nacional", disse ele, depois da votação, em Istambul. "A Turquia fez grandes avanços na democracia e este avanço será reforçado com a eleição de hoje."
Erdogan pediu uma nova eleição após o primeiro-ministro Ahmet Davutoglu não conseguir formar uma coalizão com nenhum dos três partidos da oposição no Parlamento, depois da votação de junho.