No entanto, Lawrence Korb, que foi secretário-assistente de Defesa durante o governo do Presidente Ronald Reagan e agora ocupa posto sênior no Centro para Progresso Americano, duvida da afirmação da Força Aérea.
"Mas mesmo se for verdade, o preço não inclui os custos de desenvolvimento, que são estimados em mais de US$ 20 bilhões", escreveu Korb em um artigo publicado nesta terça-feira pela Reuters.
Ele afirma que os custos estimados são de 2010, e não o valor real que será pago pelos contribuintes em 2017, quando os aviões começarão a sair da linha de produção. O preço de 2010 também presume que não haverá custos acima do previsto nem atrasos — como os que causaram os custos do F-35 a explodirem.
Além disso, Korb questiona se o Pentágono pode arcar com os custos do novo bombardeiro, já que os EUA estão, ao mesmo tempo, modernizando seus mísseis balísticos lançados tanto por submarino quanto por terra.
Modernizar os três (bombardeiros e os dois tipos de mísseis) custará cerca de US$ 350 bilhões na próxima década e pelo menos US$ 1 trilhão nas próximas três décadas. Para que a Marinha possa construir novos submarinos com mísseis balísticos dentro do orçamento, teria que parar de comprar porta-aviões e submarinos de ataque por toda a próxima década.
Korb afirma que os novos mísseis serão destabilizadores, porque adversários não saberão se o míssil de cruzeiro em um bombardeiro será nuclear ou convencional. A incerteza, afirma Korb, pode levar a uma retaliação nuclear a um ataque que seria convencional.
Os novos mísseis também podem fazer com que China e Rússia desenvolvam mísseis de cruzeiro nucleares próprios.
"Até que essas perguntas sejam respondidas", diz Korb, "o Congresso e o governo precisam adiar os avanços no novo programa de bombardeiros."