No entanto, quando perguntado sobre o assunto no parlamento, Rasmussen, do partido de centro-direita Venstre, disse não acreditar haver qualquer fundamento para a Dinamarca se envolver no assunto.
"Eu tenho muita dificuldade em ver qual seria o raciocínio para o parlamento aprovar uma lei especial dando o passo extraordinário de oferecer anistia política a um cidadão norte-americano na Dinamarca", disse ele.
Snowden é acusado pelos EUA de vazar informações secretas do governo que revelaram ao mundo detalhes de um projeto de vigilância global da NSA. Em agosto de 2013, ele recebeu asilo de Moscou.
O fato de nenhum dos partidos principais da Dinamarca apoiar uma votação sobre o asilo a Snowden torna a ideia altamente improvável.
Rasmussen disse ainda que tem fé na caçada de Washington contra o ex-agente, apesar das muitas críticas públicas e da recente recomendação do Parlamento Europeu.
"Trata-se de saber se você tem confiança de que as autoridades norte-americanas podem lidar com isso de uma maneira que respeite os direitos humanos e que dê a ele [Snowden] um julgamento justo; e eu nasci com a suposição de que elas podem", acrescentou o primeiro-ministro.
Apesar da oposição do establishment político, entretanto, a maioria dos políticos do Parlamento Europeu votou a favor de uma resolução exortando os Estados-membros ao contrário – cenário que o próprio Snowden descreveu como uma "virada de jogo" e uma "oportunidade de seguir em frente".
This is not a blow against the US Government, but an open hand extended by friends. It is a chance to move forward. pic.twitter.com/fBs5H32wyD
— Edward Snowden (@Snowden) 29 outubro 2015