recentemente, o presidente russo, Vladimir Putin, pediu que Irã, Egito, Jordânia, Emirados Árabes e catar cooperassem e participassem dos diálogos sobre o problema sírio.
A postura da Rússia na luta contra o terrorismo na Síria já se provou eficaz, afirma em um artigo Azam Molaee, pesquisador do Instituto de Estudos Estratégicos para o Oriente Médio.
"A questão é: que fatores forçaram a Rússia a se voltar para as potências do Oriente Médio e começar a elaborar uma estratégia universal para combater terroristas?", diz o texto.
"Após o começo da operação, ficou claro que a crise não pode ser resolvida até que países da região entrem em acordo. É por isso que Moscou ressaltou seguidas vezes a necessidade de cooperação e diálogo de todos países envolvidos", apontou Molaee.
Arábia Saudita, catar, Jordânia e Emirados Árabes Unidos estão envolvidos na coalizão liderada pelos Estados Unidos. A Rússia, por sua vez, exigiu que o Irã participasse das conversas. Moscou e Teerã têm interesses em comum, diz o texto. Além disso, a Rússia não permitirá que países do Ocidente enfraqueçam a posição do Irã no Oriente Médio.
Portanto, os planos da Rússia de expandir seus laços na região também têm como objetivo desenvolver parcerias econômicas e reduzir o domínio dos Estados Unidos no Oriente Médio, supõe o artigo.
"Não é surpresa que Putin pode estar usando esta operação contra o Estado Islâmico para reduzir a influência dos EUA e fazer da Rússia um ator significativo no Oriente Médio", conclui o autor.