Cameron fala de condições para a permanência do Reino Unido na União Europeia

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O primeiro-ministro britânico, David Cameron, ameaça novamente com a saída do Reino Unido da União Europeia caso os apelos para as reformas que tem pedido a Bruxelas não sejam ouvidos.

De acordo com uma mensagem divulgada neste domingo (8) em Londres e que vai ser enviada ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, o líder dos conservadores britânicos defende reformas que implicam devolver competências aos Estados-membros, a limitação em matéria de integração europeia e a restrição aos direitos dos imigrantes comunitários.

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Ainda no documento que será enviado a Tusk, o líder conservador afirma que está disposto a iniciar, “de corpo e alma”, uma campanha a favor da permanência do Reino Unido na União Europeia durante o referendo que vai ser convocado para o final do ano de 2017, mas apenas se as condições forem atendidas.

David Cameron deixa expressa “confiança” sobre a possibilidade de um acordo que possa satisfazer os 28 membros da União Europeia, fato que, segundo ele, pode permitir apoiar a permanência do Reino Unido “sem ambiguidades” e em nome do “interesse nacional”.

“Se não conseguirmos chegar a um acordo e se as inquietações do Reino Unido não forem ouvidas – o que acredito não venha a acontecer – teremos que reconsiderar se esta União Europeia é boa para nós. Como já disse anteriormente, não afasto qualquer possibilidade”, afirmou Cameron.

“Correm-se riscos econômicos se aceitarmos que existam situações em que potencialmente os países da zona euro possam gastar o nosso dinheiro ou, por outro lado, sejam impostos regulamentos europeus que nos impeçam promover o comércio e criar emprego”, ressaltou.

“Existem também riscos consideráveis se deixarmos que a nossa soberania seja afetada por uma maior integração, ou se ficarmos de braços cruzados sobre a cota insustentável relativa à imigração para o nosso país”, acrescentou.

A mensagem de Cameron, que deve ser publicada na íntegra na terça-feira, vai marcar o início das negociações para a reforma da União Europeia, cujas conclusões vão marcar o debate no futuro referendo britânico, informou Agência Brasil.

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