Os Estados Unidos não querem que a Rússia seja seu inimigo mas vão continuar defendendo os seus interesses, adaptando os planos operacionais ao comportamento da Rússia, declarou o secretário de Defesa norte-americano Ashton Carter no sábado (7), em um discurso no Fórum Nacional de Defesa Reagan.
"Não buscamos uma nova Guerra Fria, mais do que isso, não buscamos uma guerra real com a Rússia", disse Carter no discurso perante os políticos norte-americanos e militares. "Nós não visamos fazer da Rússia um inimigo, mas não se enganem, os Estados Unidos vão defender os seus interesses, os seus aliados, o princípio da ordem mundial e o futuro positivo".
O chefe da Defesa norte-americano sublinhou que o Pentágono irá continuar a modernizar as suas tecnologias militares e a sua capacidade nuclear, bem como atualizar os planos de defesa e dissuasão, para contrariar o crescente poder militar da Rússia e da China.
A Rússia tem realizado os ataques aéreos de precisão contra as posições do grupo militante Estado Islâmico na Síria, a pedido do presidente Bashar Assad desde 30 de setembro.
Desde o início da campanha aérea as forças aeroespaciais russas destruíram mais de 2.000 posições terroristas. Várias centenas de militantes foram mortos e dezenas de centros de comando e depósitos foram destruídos em mais de 1.600 sortidas, de acordo com o Estado-Maior russo.