União Europeia oferece US$2 bilhões para África aceitar refugiados de volta

© AP Photo / Emilio MorenattiImigrantes recebem alimentos em campo de refugiados da cidade de Calais, no norte da França
Imigrantes recebem alimentos em campo de refugiados da cidade de Calais, no norte da França - Sputnik Brasil
Nos siga no
A União Europeia (UE) supostamente está elaborando um "plano radical" para enviar parte dos refugiados africanos que conseguiram chegar à Europa de volta para casa.

Refugiados em centro de recepção para imigrantes em Roszke, na Hungria, em 4 de setembro de 2015 - Sputnik Brasil
Comissão Europeia divulga previsão de chegada de refugiados até 2017
Cerca de dois bilhões de dólares podem ser alocados para a execução do plano, através do qual Bruxelas pretende se livrar de pelo menos alguns dos 800.000 refugiados de países africanos que fugiram para a Europa. Conversações em torno da implementação da ideia deverão dominar uma reunião marcada para esta semana entre líderes europeus e africanos em Malta, de acordo com o The Wall Street Journal.

Segundo o jornal, Bruxelas está considerando a possibilidade de criar uma fundação especial para prestar assistência financeira ao Sudão, ao Quênia, a Uganda e à Etiópia, entre outros. O dinheiro seria oferecido em troca de promessas, por parte dos líderes africanos, de que receberiam de volta os hóspedes indesejáveis na no Velho Continente. Trata-se de um ponto sensível para muitos governos africanos, cujas economias se beneficiam com as remessas de dinheiro em grande escala de trabalhadores no estrangeiro.

O presidente francês, François Hollande, durante encontro com o chanceler da Áustria, Werner Faymann, no Palácio do Eliseu - Sputnik Brasil
Refugiados: Hollande critica construção de muros e barreiras na Europa
Além dos subsídios, a UE também teria anunciado planos para simplificar as solicitações de vistos para estudantes, médicos e empresários de países africanos, bem como para ajudá-los com a educação e o emprego na Europa.

A proposta, entretanto, deverá enfrentar certa resistência. Nigel Faraj, líder do Partido da Independência do Reino Unido, afirma que um eventual acordo dessa espécie seria loucura.

"A UE sugere parar a imigração ilegal da África por meio de sua legalização. Isso é loucura", disse ele.

Embora a Grã-Bretanha permaneça fora do espaço Schengen de isenção de vistos, área que reúne grande parte da UE continental, Londres teme que a "legalização" dos refugiados possa mais uma vez inflamar as tensões e levar milhares de imigrantes a tentar entrar no território britânico por meio do terminal francês do túnel sob o Canal da Mancha.

Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала