Segundo o jornal, Bruxelas está considerando a possibilidade de criar uma fundação especial para prestar assistência financeira ao Sudão, ao Quênia, a Uganda e à Etiópia, entre outros. O dinheiro seria oferecido em troca de promessas, por parte dos líderes africanos, de que receberiam de volta os hóspedes indesejáveis na no Velho Continente. Trata-se de um ponto sensível para muitos governos africanos, cujas economias se beneficiam com as remessas de dinheiro em grande escala de trabalhadores no estrangeiro.
A proposta, entretanto, deverá enfrentar certa resistência. Nigel Faraj, líder do Partido da Independência do Reino Unido, afirma que um eventual acordo dessa espécie seria loucura.
"A UE sugere parar a imigração ilegal da África por meio de sua legalização. Isso é loucura", disse ele.
Embora a Grã-Bretanha permaneça fora do espaço Schengen de isenção de vistos, área que reúne grande parte da UE continental, Londres teme que a "legalização" dos refugiados possa mais uma vez inflamar as tensões e levar milhares de imigrantes a tentar entrar no território britânico por meio do terminal francês do túnel sob o Canal da Mancha.