Para países asiáticos relações com China são mais benéficas do que com EUA

© AP Photo / Andy WongBandeiras da China e dos EUA
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Na segunda-feira (9), se tornou conhecido que nas recentes eleições na antiga Birmânia venceu o partido oposicionista Liga Nacional da Democracia, derrotando o partido no poder. Os resultados oficiais serão divulgados em alguns dias, mas já é claro que na vida política do país acontecerão grandes mudanças, informa o jornal chinês Global Times.

Espera-se que as recentes eleições tenham impacto sobre a política externa regional do Mianmar. Primeiramente trata-se das relações com a China, visto que o país tem oscilado entre a lealdade à China e um equilíbrio entre a China e o Ocidente.

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É pouco provável que Mianmar se incline aos Estados Unidos porque isso significaria o fim das suas oportunidades estratégicas nas relações com a China. Alguns especialistas prognosticam mesmo mais uma primavera nas relações entre Mianmar e a China depois das eleições.  

O enviado especial para assuntos asiáticos do Ministério das Relações Exteriores chinês, Sun Guoxiang, disse que a China está segura em relação ao futuro dos laços com Mianmar, informa a agência noticiosa chinesa Xinhua. O enviado especial chinês também destacou que a China e Mianmar são bons vizinhos e que a China espera ver Mianmar mais estável e desenvolvido. Tendo em conta a história dos laços diplomáticos de 65 anos, a amizade entre os dois países não deverá ser alterada qualquer que seja a situação internacional.

A mesma ideia é ecoada por vários especialistas. O cancelamento de grandes projetos conjuntos dos dois países não corresponde aos interesses nacionais mianmarenses. Quando ocorria a transição das relações bilaterais da categoria de “especiais” para a de “normais”, a China não pôs obstáculos às outras opções diplomáticas de Mianmar, informa o Global Times.

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No mundo globalizado, as esferas de influência das grandes potências são fluidas. Por exemplo, os EUA não se manifestam contra as relações dos países latino-americanos com a China.

Assim, a China não vê nada de especial na vontade de Mianmar de alargar os seus interesses nacionais e melhorar relações com os EUA porque está segura de que pode oferecer aos países da região mais do que os seus parceiros ocidentais.

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