Todavia, o Pentágono decidiu de imediato que estes aviões devem ser protegidos por 6 caças F-15Cs.
“A pedido do governo turco, caças F-15Cs da Força Aérea norte-americana que chegaram na semana passada realizarão patrulhas aéreas militares para ajudar a proteger o espaço aéreo turco”, disse a porta-voz do Pentágono, Laura Seal.
Ao mesmo tempo, de acordo com um oficial da defesa norte-americana que preferiu ficar anónimo, em declarações ao jornal USA Today, o destino principal dos F-16Cs é assegurar a defesa contra hipotéticos ataques de caças russos e sírios.
“A Turquia enfrenta uma instabilidade crescente ao longo da fronteira com a Síria e o Iraque e o comportamento irresponsável durante ações militares na região”, disse Seal. “Isso inclui intrusões da Rússia no espaço aéreo da Turquia e, consequentemente, da OTAN em outubro”.
David Deptula, antigo piloto da Força Aérea norte-americana que agora chefia o Instituto Mitchell de Estudos Aeroespaciais, destacou que a presença dos F-15Cs não deve ser considerada como uma provocação.
“Os militares, ao planear as operações, consideram todos os potenciais incidentes. Assim, um conflito com a Rússia não é algo que os EUA ou a Rússia queriam que ocorra”, disse ao USA Today.
Na semana passada o comandante da Força Aeroespacial russa, Viktor Bondarev, disse que a Rússia considera todas as ameaças potenciais. “Por exemplo, o roubo de um avião em um país vizinho da Síria ou a necessidade de fazer fogo em resposta. Temos de estar preparados para isso”.
Os caças F-16Cs foram enviados ao mesmo tempo que a administração Obama anunciou o plano de enviar até 50 conselheiros das Forças Especiais norte-americanas para a Síria. Uma vez que estas decisões contradizem as promessas do presidente norte-americano de não se envolver em guerras no terreno no Oriente Médio, muitas pessoas se mostram céticas sobre este passo das autoridades dos EUA.