“Em toda probabilidade, a UE vai eventualmente se atrapalhar no caminho para sair dos problemas atuais. No processo, no entanto, ela será obrigada a se tornar mais introspectiva e cautelosa na hora de se envolver com seus parceiros orientais".
Segundo o jornalista, mais cedo ou mais tarde, os "interesses nacionais" dos Estados europeus se tornarão a prioridade número 1, e a sua frente unida antirrussa será substituída por uma "forma mais crua de realismo". Nesse sentido, as recentes visitas do vice-chanceler alemão, Sigmar Gabriel, e do ex-presidente francês, Nicolas Sarkozy, a Moscou são um claro sinal de que os políticos europeus querem reduzir as sanções contra a Rússia e manter certos laços econômicos importantes para os dois lados.
"Mas o retorno da Realpolitik pode não ser a pior parte. Se a UE for pelo caminho da 'Fortaleza Europa', a perspectiva de uma futura ampliação vai para o reino da fantasia política, jogando a Ucrânia e outros países para debaixo do ônibus".
Rohac acredita que países como Ucrânia, Moldávia e Geórgia, que iniciaram algumas reformas econômicas nos anos 1990 e 2000 com o objetivo de um dia fazer parte da União Europeia, podem acabar se voltando para a Rússia novamente, por não serem tratados como prioridade pela UE e por não verem recompensas interessantes do lado ocidental.