Depois de informações sobre o incidente se tornaram públicas o representante do Pentágono, Bill Urban, confirmou que dois bombardeiros B-52 realizaram “uma missão habitual no espaço aéreo internacional perto das ilhas Spratly no mar da China Meridional”. Segundo Urban, os aviões norte-americanos receberam dois avisos de controladores de trafego aéreo mas não se aproximaram das ilhas à distância de mais de 15 milhas náuticas.
Segundo as normas do direito internacional, a largura do mar territorial de qualquer país é de 12 milhas náuticas (cerca de 22 km). Assim, a faixa de águas e o espaço aéreo sobre ela é o território de qualquer país soberano e o voo não autorizado de um avião militar estrangeiro à distancia de 12 milhas náuticas do litoral pode ser considerado uma violação da soberania territorial.
Na sexta-feira (13), o representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da China, Hong Lei, disse que a China se manifesta contra as ações que minam a sua soberania.
“Uma vez mais quero frisar que respeitamos o direito à navegação e voos livres sobre o mar da China Meridional que têm todos os países de acordo com o direito internacional. Mas estamos decisivamente contra as ações que minam a soberania e segurança da China sob o pretexto da liberdade de navegação”, disse Hong Lei durante a conferência de imprensa.
O representante chinês se recusou a comentar os passos seguintes da China dizendo que a posição chinesa foi expressada de um modo muito claro.
O The Hill destaca que os EUA enviaram os seus bombardeiros ao mar da China Meridional pouco depois de a China ter enviado os seus caças naquela zona durante os exercícios navais da China. De vista de especialistas, assim a China demonstra que pretende defender a sua soberania à sério.
Um pouco depois, um general chinês chamou as ações norte-americanas de provocação e disse que “mesmo um incidente pouco significativo pode provocar uma guerra”. Todavia, os EUA declararam que navegarão e voarão onde quer que permita o direito internacional.