Segundo declarou à emissora Sputnik a especialista em política Marine Voskanyan, do Instituto russo de Conservadorismo Dinâmico, após os primeiros resultados do trabalho da cúpula já se tornou claro que o mundo continua respeitando a opinião russa:
“O próprio fato do contato entre Obama e Putin é o indicador de que já não se trata nem do isolamento da Rússia, nem da resolução de problemas mundiais sem a Rússia. As declarações de que a Rússia estaria ameaçando o mundo passaram. É completamente claro que serão achados compromissos e todo o mundo falará com a Rússia. A conversa dos presidentes na cúpula, bem como resultados da reunião em Viena sobre a Síria – tudo mostra que Obama provavelmente não está interessado no agravamento das relações com a Rússia.”
Durante o primeiro dia da cúpula os líderes do grupo alocaram muito tempo à discussão das questões de segurança e da ameaça do terrorismo. No entanto, não foram propostas nenhumas medidas. Mesmo assim, a especialista opina que tudo isso ainda não significa que os políticos não possam a chegar a acordo.
"Deve ser tido em conta que os atentados em Paris aconteceram literalmente na véspera da cúpula do G20 e, de fato, mudaram toda a agenda. Geralmente, na cúpula são discutidas questões econômicas, sociais, ecológicas. Mas quando um dia antes o evento acontece um atentado de tal escala, é óbvio que o tema da segurança ficará em primeiro plano," disse.
Enquanto isso, os EUA continuam propagando uma retórica contra a Rússia, alegando a participação russa no conflito ucraniano, não obstante Moscou afirmar repetidamente que não tem nada a ver com os acontecimentos no Sudeste da Ucrânia.