A revista afirma que existem "dois documentos internos de estratégia classificados, um dos quais foi obtido pela Spiegel".
"O próprio presidente redigiu o documento juntamente com seus assessores pouco antes da visita surpresa a Moscou do presidente sírio Bashar Assad, em 21 de outubro", escreve a revista. "O documento descreve a estratégia do presidente sobre a Síria em cinco posições principais."
Nele, Putin define que é necessário "impedir os terroristas de tomarem o poder na Síria" como a meta central. O país deve "permanecer soberano, manter a sua integridade territorial" e continuar sendo um "Estado secular e democrático".
No documento também está escrito "chegar a um entendimento com o Ocidente".
"O documento indica que o presidente russo espera iniciar um processo de negociações com o objetivo de realizar "eleições e uma reforma da Constituição que crie um justo equilíbrio em termos de direito de todos os grupos étnicos e religiosos da Síria".
O Kremlin também deixa claro, escreve a revista, que Moscou não vai insistir na candidatura de Assad como líder da Síria, mostrando aparentemente abertura em relação a uma das maiores demandas do Ocidente.
No segundo documento, que surgiu na semana passada, na terça-feira (10), a agência Reuters divulgou informações sobre um alegado projeto russo da regularização na Síria com propostas que devem ser realizadas durante o período de transição política, bem como os prazos de eleições parlamentares e presidenciais no país. Um pouco mais tarde, as citações deste documento apareceram em várias matérias da mídia internacional.
"Claro que isso também significa que os EUA terão que pressionar o seu parceiro da OTAN, a Turquia, para impedir o Estado Islâmico de ser capaz de continuar a vender o petróleo, que é contrabandeado através da Turquia", cita a revista um especialista em Oriente Médio Vladimir Isayev que comentou o "documento secreto".
O documento, aparentemente, também fala da formação de um "Grupo de Apoio à Síria", que, além da Rússia, incluiria os outros membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e os países centrais do Oriente Médio, bem como a União Europeia e a Alemanha.