Este anúncio vem um dia depois de o presidente russo, Vladimir Putin, ordenar a elaboração de um plano de ações conjuntas no mar e no ar com a Marinha francesa, depois de encarregar o cruzador Moskvá de estabelecer contato com o grupo naval francês no Mediterrâneo. Este foi o sinal para o início da cooperação entre a Rússia e a França no combate ao Estado Islâmico, grupo terrorista proibido nesses países.
A Rússia enviou a sua Força Aeroespacial à Síria em 30 de setembro, satisfazendo o pedido correspondente do governo de Bashar Assad. A aviação russa realizou quase 2 mil missões de combate, destruindo mais de 2,7 mil alvos dos terroristas, de acordo com o Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia.
Sondagem
A notícia de ontem se espalhou pela mídia francesa. O jornal Le Figaro até criou uma sondagem perguntando "Você é a favor de que a coalizão contra o Estado Islâmico inclua a Rússia?". Até o momento, 92% dos mais de 70 mil respondentes votaram positivamente.
EUA
A parte estadunidense não quer encarar o governo sírio atual como um aliado legítimo, alegando a necessidade da saída imediata do presidente Assad. Porém, muitos representantes da oposição, que, inclusive, foram treinados por militares estadunidenses, acabaram sumindo.
Ontem, o Pentágono disse não descartar a possibilidade de cooperar com a Rússia na Síria — "se for necessário", de acordo com as palavras da representante oficial da pasta, Michelle Baldanza. Mais tarde, o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, declarou que "não há cooperação" e que os parceiros norte-americanos até "se recusam a cooperar".