Segundo a pesquisa, os jihadistas africanos tomaram a vida de 6.644 pessoas em 2014, em comparação com as 6.073 vítimas fatais do autoproclamado califado islâmico no Oriente Médio. Juntos, os dois foram responsáveis por 51% de todas as mortes reivindicadas por grupos terroristas no ano passado, e por quase 40% de todas as mortes causadas pelo terrorismo global (incluindo baixas em campo de batalha, por exemplo).
O estudo mostra que o Iraque continua a ser o país mais impactado pelo jihadismo, com 9.929 mortes registradas em 2014, mas indica também um impressionante aumento de 300% no número de fatalidades sofridas pela Nigéria – embora outros grupos militantes, além do Boko Haram, sejam parcialmente responsáveis por essa escalada. Em particular, os militantes Fulani mataram 1.229 pessoas no país africano.
Top 15 countries affected by terrorism in 2015. (Via global terrorism index) (Selective outrage comes to mind) pic.twitter.com/fO2fuWromf
— Samira Sawlani (@samirasawlani) 16 novembro 2015
O Talibã, grupo mais mortífero de 2013, ficou em terceiro lugar em 2014, tirando a vida de 3.477 pessoas por meio de ataques terroristas. Apesar da queda no ranking, o número de vítimas ainda representou um aumento de 38% no histórico do grupo. Além disso, segundo o relatório do IEP, o Talibã continua a ser segunda força terrorista que mais mata em campo de batalha, atrás apenas do Estado Islâmico.
De acordo com o estudo, 78% de todas essas mortes aconteceram no Afeganistão, no Paquistão, na Síria, no Iraque e na Nigéria, onde também ocorreram 57% de todos os ataques.
Além da perda de vidas, diz o relatório, o terrorismo tem um alto custo econômico nos países afetados. Segundo o IEP, estimativas conservadoras afirmam que os danos causados por atividades terroristas em 2014 foram de U$ 52,9 milhões, um aumento de 61% em comparação com o ano anterior, e de 10 vezes em relação a 2000.
Cabe notar, entretanto, que a guerra ao terror continua a ser mais cara do que os danos diretos causados pelos terroristas. Estima-se que U$ 117 bilhões tenham sido gastos em âmbito global por países ansiosos para reforçar a segurança nacional contra ameaças de terrorismo.
Além disso, é importante notar que 80% dessas mortes podem ser atribuídas ao extremismo de direita, ao ultranacionalismo, ao supremacismo, a formas de extremismo antigovernamentais e a outros tipos de ideologias políticas, em vez de recaírem unicamente no espectro do fundamentalismo islâmico.