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Articulações de Lula esvaziam movimento pró-impeachment de Dilma

ENTREVISTA COM PAULO PIMENTA 2 DE 19-11-15
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Analistas políticos avaliam que as articulações que o ex-Presidente Lula vem fazendo com o Congresso têm sido decisivas para conter os movimentos pró-impeachment de Dilma Rousseff. O Deputado Paulo Pimenta fala das ações de Lula para a Sputnik Brasil.

O Deputado Federal Paulo Pimenta (PT-RS), que tem relações muito próximas com o ex-presidente, explica que todos sabem da liderança política que Lula tem dentro do cenário político brasileiro:

Ex-presidente Lula durante comemorações do Dia do Trabalhador, em São Paulo - Sputnik Brasil
Wadih Damous: ‘Há algo direcionado a impedir que Lula dispute as próximas eleições’
“Sem dúvida alguma, mesmo hoje não estando no exercício da Presidência, Lula não deixa de ter uma grande influência, não só na bancada do Partido dos Trabalhadores mas também nas de outros partidos do campo progressista.”

Segundo Paulo Pimenta, sempre que Lula está em Brasília gosta de ouvir opiniões, sugestões, uma avaliação dos parlamentares sobre o dia a dia do Congresso e da conjuntura da política.

“Trocar uma opinião, ouvir um conselho, ouvir o ponto de vista do ex-presidente, sua experiência, sempre colabora e contribui muito. Isso também nos ajuda a ter uma leitura mais precisa da conjuntura e a ter uma precisão maior da definição das estratégias complexas para esse momento político que o país está vivendo.”

Presidenta Dilma Rousseff durante coletiva de imprensa na ONU - Sputnik Brasil
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Dilma na CNN: Oposição não admite perda nas urnas
Ao ser questionado se a base de apoio do Governo considera que o pior momento já passou em relação às pressões por um possível processo contra a Presidenta Dilma, visando ao afastamento dela do cargo, o deputado acredita que o momento mais agudo foi o que antecedeu a decisão do Supremo Tribunal Federal, que em outubro, a pedido de parlamentares governistas, concedeu três liminares que suspenderam o andamento dos processos de impeachment da Presidenta Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, com base no rito definido no final de setembro pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

“Nós, naquele momento, conseguimos uma vitória importante, que foi garantir que aquela interpretação do regimento, criando uma espécie de rito à revelia da lei para um eventual impedimento de um presidente, rito criado por Eduardo Cunha, contrariava  a Constituição e a Legislação”, diz o deputado.

“Aquilo esfriou o ânimo dos golpistas. Um outro fato é a própria perda de credibilidade, da autoridade, da liderança do presidente da Câmara para ser o condutor de um processo com essas características. Isso, por consequência, acabou contaminando o movimento, que tem como objetivo rasgar a Constituição. Do ponto de vista social, é um movimento que não merece nenhuma credibilidade. Isso tudo contribuiu para que nós tivéssemos um cenário de mais estabilidade.”

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em entrevista ao Blog do Planalto, após o anúncio da segunda fase do Programa de Investimento em Logística (PIL) - Sputnik Brasil
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Em entrevista à CNN, Levy disse que não pretende deixar governo
Sobre a afirmação da Presidenta Dilma Rousseff em relação à permanência do ministro da Fazenda Joaquim Levy no Governo, contra uma possível defesa do ex-Presidente Lula para que o economista Henrique Meirelles ocupe o cargo, o Deputado Paulo Pimenta afirma que Lula não é imperativo sobre o assunto, mas defende que o Governo precisa melhorar a condução de alguns aspectos da política econômica, como por exemplo: políticas de acesso ao crédito, que se ative o mercado interno e que o Brasil enfrente a crise crescendo.

“Quando ele se refere ao Meirelles, não fala no sentido de ser o Meirelles, ou o Levy”, acrescenta o Deputado Paulo Pimenta. “O presidente quer dizer alguém que tenha autoridade e respeitabilidade no mercado financeiro, que possa ser um porta-voz do país, que possa ter a capacidade de conduzir a política econômica. Meirelles pode ser um bom nome, assim como Levy, e tantos outros. A Presidenta Dilma é a autoridade principal da República. Ela tem a opinião dela, mas não impede que nós tenhamos as nossas opiniões, as nossas posições, e continuemos defendendo aquilo que acreditamos ser o melhor para o Brasil.”

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