O chefe do governo ucraniano divulgou que o país não quer pagar a dívida de obrigações no valor de US$3 bilhões e que a parte russa não receberá novas condições de reestruturação da dívida, informou a agência noticiosa russa RIA Novosti, citando a mídia ucraniana.
“Eu também declarei [à parte russa]: não receberá diferentes condições de que outros credores. A condição básica é a redução da dívida em 20%, adiamento de todas as dívidas de quatro anos. Se não quer, não receberá a decisão do governo sobre a introdução de moratória ao pagamento de US$3 bilhões à Rússia. Gostaria de explicar aos nossos vizinhos e ao Estado agressor: nós não vamos pagar US$3 bilhões”.
Ao mesmo tempo, a ministra das Finanças da Ucrânia, Natalia Jaresko, já tinha declarado mais cedo que não exclui a possibilidade de default do país caso a dívida não for paga:
“Caso não fizermos o pagamento, sim [default pode ser declarado]. Mas acho que agora é prematuramente pensar no que vamos fazer e eles vão fazer… Seria a especulação do nosso lado e do deles. Nós estamos nos preparando para todos os variantes possíveis”.
As declarações veem no fundo da diminuição recente do ranking de emitente da Ucrânia pela agência de rankings norte-americana Fitch até o nível D, o que fosse feito por razão de falta do país em pagar 250 bilhões de euro em obrigações aos seus credores europeus (os assim chamados eurobonds).
Segundo nesta sexta-feira (20) comentou a situação à RIA Novosti o porta-voz presidencial russo Dmitry Peskov, “a dívida da Ucrânia à Rússia é soberana e deve ser paga. A falta de pagamento significaria uma situação de default”.