Pequena cativa do Estado Islâmico conta a sua história

© AFP 2023 / SAFIN HAMEDMenina yazidi empunha um cartaz que diz "Mensagem de esperança para a minha irmã: estamos à tua espera" durante o protesto perto do escritório da ONU em Arbil, capital da região autónoma de Curdistão, Iraque, 2 de agosto de 2015
Menina yazidi empunha um cartaz que diz Mensagem de esperança para a minha irmã: estamos à tua espera durante o protesto perto do escritório da ONU em Arbil, capital da região autónoma de Curdistão, Iraque, 2 de agosto de 2015 - Sputnik Brasil
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Uma pequena menina yazidi do Iraque chamada de Lamia, de somente 7 anos, retornou para casa depois de ser libertada do cativeiro do Estado Islâmico.

A Sputnik conseguiu falar com Lamia, que foi sequestrada em conjunto com a sua irmã e a mãe grávida em Sinjar, cidade no norte do Iraque.

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Lamia contou que frequentemente foi alvo de violência física por um militante do Estado Islâmico chamado de Abu Mohammed (pelos vistos, este não é o verdadeiro nome do militante, mas uma  alcunha dada pelos seus companheiros, que é prática habitual no Estado Islâmico – red.), oriundo do Qatar. Segundo disse Lamia, este militante, que era dezenas de anos mais velho que ela, era responsável por lhe ensinar a recitar de cor versos do Alcorão e do Hádice de dia e à noite para fazer com que a menina se esquecesse da religião paterna dos yazidis.

Depois as cativas foram levadas para a cidade de Raqqa, que está sob o controle dos militantes do Estado Islâmico onde Lamia e a sua irmã não iam á escola. A sua mãe deu a luz um bebê no cativeiro, ao qual contra a vontade da sua mãe os militantes deram o nome de Omar.

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Depois o militante decidiu vender Lamia a um outro militante, oriundo da Arábia Saudita. Segundo Lamia, ela foi avaliada pelos terroristas em um punhado de libras sírias ou dólares americanos. 

Uma semana atrás, Lamia e os seus familiares (irmã, mãe e irmão) foram libertados do cativeiro pelo seu compatriota Abu Shujaa. Depois disso, decidiram dar um outro nome ao pequeno irmão de Lamia em honra do seu libertador.

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